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Lula diz que países ricos 'têm dívida com o planeta’ e cobra recursos para preservar florestas

Na cúpula do Brics, presidente brasileiro disse que as nações desenvolvidas são as 'grandes responsáveis' pela crise climática

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília


Cúpula do Brics reunida na África do Sul
Cúpula do Brics reunida na África do Sul

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira (23) que os países mais ricos do mundo precisam disponibilizar recursos para que as nações emergentes possam preservar as suas florestas. Segundo o chefe do Executivo, os países desenvolvidos são os “grandes responsáveis” pela crise climática e “têm uma dívida histórica com o planeta Terra e com a humanidade”.

“Para que as promessas já feitas pelos países ricos sejam cumpridas, o financiamento climático e de biodiversidade deve ser verdadeiramente novo e adicional em relação ao financiamento ao desenvolvimento”, afirmou o presidente em discurso na cúpula do Brics — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Lula disse que “precisamos de um sistema financeiro internacional que, ao invés de alimentar as desigualdades, ajude os países de baixa e média renda a implementarem mudanças estruturais”.

“Os grandes responsáveis pelas emissões de carbono que causaram a crise climática foram aqueles que fizeram a Revolução Industrial e alimentaram um extrativismo colonial predatório. Eles têm uma dívida histórica com o planeta Terra e com a humanidade”, frisou.


O presidente afirmou ainda que as grandes potências globais não têm cumprido promessas e metas definidas em acordos climáticos internacionais. “Precisamos valorizar o Acordo de Paris e a Convenção do Clima, em vez de terceirizar as responsabilidades climáticas para o Sul Global.”

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Ele disse também que muitas nações em desenvolvimento ainda enfrentam a fome e, por isso, precisam de suporte para resolver a questão ambiental. “Vemos o maior aumento da desigualdade entre os países em três décadas. Em 30% das metas, estagnamos ou andamos para trás. É muito difícil combater a mudança do clima enquanto tantos países em desenvolvimento ainda lidam com a fome, a pobreza e outras violências”, ressaltou.

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“Nossos recursos não devem ser explorados em benefício de poucos, mas valorizados e colocados a serviço de todos, sobretudo do bem-estar das populações locais”, completou o presidente.

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