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Lula comemora soltura de Assange: ‘Vitória da luta pela liberdade de imprensa’

Jornalista e fundador do WikiLeaks fez acordo com a Justiça dos EUA; medida vai permitir que ele volte a morar na Austrália

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Mundo está um pouco menos injusto com soltura de Assange, diz Lula
Mundo está um pouco menos injusto com soltura de Assange, diz Lula Ricardo Stuckert/PR - 21.6.2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou as redes sociais nesta terça-feira (25) para comemorar a soltura do jornalista australiano Julian Assange. O fundador do WikiLeaks deixou a prisão após se declarar culpado na acusação de espionagem e roubo de documentos sigilosos, como parte de um acordo com a Justiça dos Estados Unidos. A medida pôs fim em uma longa saga jurídica que vai permitir que o jornalista volte a morar na Austrália.

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“O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje. Julian Assange está livre depois de 1.901 dias preso. Sua libertação e retorno para casa, ainda que tardiamente, representam uma vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa”, escreveu Lula em uma rede social.

Assange foi libertado da prisão no Reino Unido e retornou à Austrália na última segunda-feira (24). Agora, o jornalista e ativista deve comparecer ao Tribunal Federal das Ilhas Marianas, um território norte-americano no Pacífico Ocidental, para se declarar culpado das acusações. Após a audiência, marcada para quarta-feira (26), ele estará oficialmente livre das denúncias.

O fundador da empresa expôs segredos militares americanos no Iraque e no Afeganistão, além de conversas de diplomatas do Departamento do Estado dos Estados Unidos no mundo todo.


Conclusão do caso

A confissão de culpa traz uma conclusão ao caso. Assange se tornou conhecido mundialmente e seu caso provocou um debate sobre liberdade de imprensa dentro e fora dos EUA. Seus defensores dizem que ele agiu como um jornalista ao expor irregularidades militares dos EUA. Os investigadores, por outro lado, afirmaram repetidamente que as suas ações violaram leis destinadas a proteger informações sensíveis e colocaram em risco a segurança nacional do país.

Uma audiência está marcada para a manhã de quarta-feira (26). O acordo garante que Assange admitirá a culpa, ao mesmo tempo que o poupará de qualquer pena adicional de prisão. Ele passou anos escondido na embaixada do Equador em Londres depois que autoridades suecas solicitaram sua prisão sob acusações de estupro, antes de ser preso no Reino Unido.


Os promotores concordaram com uma sentença equivalente aos cinco anos que Assange já passou em uma prisão britânica de segurança máxima enquanto lutava para evitar a extradição para os EUA para enfrentar acusações, um processo que se desenrolou em uma série de audiências em Londres.

No mês passado, ele ganhou o direito de recorrer de uma ordem de extradição depois dos seus advogados argumentarem que o governo dos EUA forneceu garantias “claramente inadequadas” de que ele teria as mesmas proteções à liberdade de expressão que um cidadão americano se fosse extraditado do Reino Unido.

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