Lula critica Congresso sobre PL do Licenciamento: ‘Vetamos para proteger o agronegócio’
Congresso derrubou vetos do presidente Lula sobre o chamado PL da Devastação
Brasília|Thays Martins e Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília
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O presidente Lula criticou, nesta quinta-feira (4), a derrubada pelo Congresso do veto presidencial ao chamado PL do Licenciamento. Lula ressaltou que o veto era necessário para proteger a imagem brasileira no exterior. “Nós não vetamos porque não gostamos do agronegócio, vetamos para proteger o agronegócio”, afirmou, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão.
“Porque essa mesma gente que derrubou meus vetos, quando a China parar de comprar soja, quando a Europa parar de comprar soja, quando alguém parar de comprar nossa carne, nosso algodão... Essa mesma gente vai vir falar: presidente, fala com o Xi Jinping [presidente da China], fala com a Rússia, fala com a União Europeia”, criticou Lula.
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Isso porque, segundo Lula, o mercado exterior exige que a produção seja sustentável. “Eles sabem que queremos que nossa produção seja cada vez maior, mais cada mais sustentável e mais limpa. Eu não quero o mundo limpo para mim, a gente quer o mundo limpo para todo mundo”, disse. Apesar das críticas, Lula minimizou a crise com o Congresso. “Vocês acham eu nós do governo temos algum problema com o Congresso Nacional? A gente não tem”, disse.
O Congresso derrubou na semana passada parte dos vetos do presidente Lula à Lei Geral do Licenciamento Ambiental, chamada por ambientalistas de “PL da Devastação”. Foram derrubados 52 dos 63 vetos.
A decisão recebeu críticas de ambientalistas e organizações da sociedade civil, por representar, segundo esses grupos, um retrocesso na proteção ambiental. Setores ligados ao agronegócio aguardavam o desfecho.
Defesa da escala 6x1
Na reunião, Lula também voltou a defender a redução da jornada de trabalho. Na ocasião, ele pediu para que os empresários pensem com “carinho” no assunto. Segundo Lula, os avanços tecnológicos podem ajudar com a tarefa.
“Por que avançou tecnologicamente e a gente não reduz a jornada de trabalho? Para que serviu tantos avanços tecnológicos se não é para reduzir? Qual prejuízo para o mundo? Nenhum”, disse.
O presidente disse que é possível apressar uma redução da jornada de trabalho. “Eu queria que este conselho estudasse com muito carinho essa proposta da jornada de trabalho para acabar com essa coisa de 6x1, porque não tem mais sentido com os avanços tecnológicos. A gente pode apressar o fim dessa jornada 6x1 e dar uma jornada melhor para o povo trabalhador”, afirmou.
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