Lula critica protecionismo e volta a citar uso de moedas próprias em acordos internacionais
Petista está na Indonésia em busca de ampliar a parceria com o país e outras nações asiáticas
Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília
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Em meio a busca por maior aproximação com países asiáticos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem citar o dólar, voltou a defender o uso de moedas próprias durante acordos e fez críticas ao protecionismo e unilateralismo. A declaração foi feita ao lado do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, nesta quinta-feira (23).
“Indonésia e Brasil não querem uma segunda Guerra Fria. Nós queremos comércio livre. E, mais ainda: tanto a Indonésia quanto o Brasil têm interesse em discutir a possibilidade de comercialização entre nós dois ser com as nossas moedas. Essa é uma coisa que nós precisamos mudar“, disse.
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No discurso, Lula citou o potencial para ampliar o fluxo de importação e exportação entre as duas nações, além de destacar a importância do multilateralismo e parceria estratégica.
A Indonésia é um dos principais parceiros comerciais do Brasil na Ásia. O país é o 16º maior destino das exportações brasileiras e o 5º no setor do agronegócio. Em 2024, os fluxos comerciais entre os dois países atingiram o patamar recorde de US$ 6,3 bilhões, com superávit brasileiro (US$ 2,6 bilhões). Destacam-se as exportações de farelo de soja (US$ 1,66 bilhão; 37% da pauta) e açúcares (US$ 1,65 bilhão; 37%).
“Venho para cá com muita expectativa de renovarmos a parceria estratégica, estabelecer novos acordos, não apenas em comércio bilateral, mas em coisas novas, como a questão da inteligência artificial, a questão dos Datacenters, a questão científica e tecnológica, aperfeiçoar o relacionamento entre nossas universidades”, listou o presidente Lula.
Quarto mandato
Ainda na ocasião, Lula disse que disputará o quarto mandato nas eleições presidenciais de 2026. Em um primeiro momento, em anos anteriores, o petista chegou a comentar que não tinha intenção de concorrer e em seguida disse não saber, ainda, se participaria das eleições do próximo ano.
“Quero dizer que vou completar 80 anos, mas pode ter certeza que eu estou com a mesma energia quando eu tinha 30 anos. Vou disputar um quarto mandato no Brasil. Estou dizendo isso porque ainda vamos nos encontrar muitas vezes. Estou preparado para concorrer outras eleições e fazer com que a relação Indonésia e Brasil seja por demais valorosa”, disse.
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