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Lula desapropria favela no centro de SP para construção de parque; famílias vão ganhar imóvel

Acordo entre governo federal e SP vai possibilitar remoção de comunidade; famílias vão receber auxílio aluguel

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

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São Paulo (SP), 26/06/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita na favela do Moinho. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Lula visitou favela do Moinho para fazer o anúncio Paulo Pinto/Agência Brasil - 26.6.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quinta-feira (26) um acordo com o Governo de São Paulo para a desapropriação da Favela do Moinho, no centro de São Paulo. A comunidade, com cerca de 900 famílias, é a última favela na área central da capital paulista.

O acordo prevê que as famílias serão realocadas para imóveis de até R$ 250 mil por família por meio de uma modalidade de compra assistida. O valor engloba um apoio financeiro de R$ 180 mil do governo federal por meio do Minha Casa, Minha Vida, enquanto o Governo de São Paulo subsidiará R$ 70 mil por meio do programa estadual Casa Paulista.


Além disso, as famílias receberão um auxílio aluguel de R$ 1.200 mensais durante o período de transição para a nova moradia.

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Quanto ao terreno em que a favela está atualmente, o governo paulista planeja transformar a área em um parque de uso público. A cessão do terreno pela União — que ainda não foi feita — está condicionada à garantia de moradia digna para todas as famílias que moram na favela hoje.


“Quando estiver pronto o acordo, a gente faz a cessão definitiva ao governo do estado. Mas isso depois de provar que vocês foram tratados com decência, com respeito e que respeitaram a dignidade de cada um de vocês. É por isso que a gente já não fez a cessão agora”, disse Lula durante o anúncio do acordo.

“Quando estiver tudo pronto, tiver certa a casa que vocês vão comprar, tiver certo aluguel que vocês têm que pagar antes do apartamento de vocês sair, aí a gente faz a cessão definitiva para o governo do estado”, acrescentou o presidente.


Lula pediu à comunidade da Favela do Moinho para manter contato com o governo federal e denunciar qualquer atitude que dificulte a conclusão do acordo.

“Muita atenção para que ninguém tente enganar vocês. Muita atenção. Eu falei para o ministro Jader [Filho, ministro das Cidades] que ele tem que deixar o telefone dele com a liderança da comunidade, a ministra Ester [Dweck, ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos], o Márcio [Macêdo] da Secretaria Geral, para qualquer tentativa de engodo com vocês, qualquer tentativa de enganar, a gente tem que saber”, destacou.


“A gente tem que saber para a gente poder não permitir que vocês sejam maltratados nesse momento histórico em que vocês estão próximos de conseguir a casa, que é o sonho de todo ser humano. Ter uma casinha para morar e cuidar da sua família”, emendou.

O presidente alertou que, após a notícia de que os moradores da favela teriam recursos para comprar suas casas, imóveis que antes custavam R$ 260 mil subiram para R$ 400 mil. Para combater essa especulação, Lula disse que a Caixa Econômica Federal “vai assumir o compromisso de acompanhar” o processo de compra das moradias.

“É importante que a gente acompanhe isso com carinho, porque a gente não pode permitir que quem já foi explorado a vida inteira, quem já sofreu a vida inteira, seja explorado no momento mais delicado em que a pessoa está prestes a acordar e realizar o seu sonho.”

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