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Lula diz estar ‘brigando’ com ministro Paulo Teixeira para baixar preço do arroz

Presidente lembrou de licitação anulada para importar o grão e reforçou foco em procurar solução para diminuir valores do produto

Brasília|Bruna Lima e Hellen Leite, do R7, em Brasília


Presidente Lula e o ministro Paulo Teixeira Ricardo Stuckert/PR

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou neste sábado (24) que está focado em baixar o preço do arroz no Brasil e que está “brigando” com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, em busca de uma solução. O chefe do Executivo lembrou do leilão de importação de arroz, anulado após denúncias de que as empresas vencedoras não possuíam a capacidade técnica e financeira necessária para participar do processo.

“Eu ando brigando com o Paulo Teixeira porque faz mais de dois meses que eu mandei fazer um leilão para abaixar o preço do arroz no Brasil. Não foi possível fazer a importação porque teve um erro na licitação, uma denúncia, e nós anulamos a licitação. Mas ele [Teixeira] sabe que eu estou no pé dele para abaixar o preço do arroz”, afirmou Lula.

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A declaração foi feita durante um comício na Zona Sul de São Paulo, no evento da campanha do deputado Guilherme Boulos (PSol) à Prefeitura da capital. O ministro Paulo Teixeira estava no palanque, ao lado de outras autoridades do governo federal e do estado de São Paulo.

O presidente também comparou os esforços de reduzir o preço do arroz com sua promessa anterior de diminuir o preço das carnes no país. “Eu disse que ia abaixar o preço da picanha e abaixou”, disse.


Em junho, o governo federal anulou o leilão para a compra de 263 mil toneladas de arroz importado devido a fragilidades nas empresas vencedoras. Na época, o presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Edegar Pretto, informou que a intenção era realizar um novo leilão.

“Vamos fazer um novo leilão e, quem sabe, em outros modelos, a fim de ter as garantias de que vamos contratar empresas que tenham as capacidades técnicas e financeiras”. A ideia era contar com a parceria da Controladoria-Geral da União e da Advocacia-Geral da União.


Comício em São Paulo

O evento com Boulos em São Paulo marca a estreia de Lula na corrida eleitoral rumo às Prefeituras. O evento aconteceu no Campo Limpo.

Lula disse ter “orgulho” por apoiar, pela primeira vez na história, um candidato que não é do PT. Apesar disso, a vice na chapa de Boulos é Marta Suplicy. A ex-prefeita voltou à legenda para integrar a aliança entre o Partido dos Trabalhadores e o PSol em São Paulo.


“Isso só acontece quando temos discernimento e deixamos de pensar pequeno, focando nos interesses da maioria, e não apenas nos interesses partidários. Estamos juntando a energia de um jovem de 42 anos com a experiência da administração mais bem-sucedida da cidade de São Paulo, de Marta Suplicy, para realizar uma revolução administrativa e social nesta cidade”, disse.

O presidente também lembrou como conheceu Boulos em um protestos do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) em 2005, durante o seu primeiro mandato. Boulos é ex-líder do movimento social.

“Cheguei em casa e vi algumas barracas acampadas, e minha assessoria me informou que era o movimento chamado MTST”, comentou Lula. “Começamos a conversar e a nos entender, e nasceu uma amizade e uma relação de respeito muito grande, porque o trabalho que fizeram na periferia foi muito sério. Em vez de um presidente ficar contra, é preciso atender, se não 100%, pelo menos em parte [as reivindicações]”, completou.

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