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Lula diz estar feliz com data para eleição na Venezuela

'Se o candidato da oposição tiver o mesmo comportamento do nosso aqui, nada vale', disse o presidente, em alusão a Bolsonaro

Brasília|Plínio Aguiar, do R7 em Brasília

Lula diz estar feliz com data da eleição da Venezuela
Lula diz estar feliz com data da eleição da Venezuela Lula diz estar feliz com data da eleição da Venezuela (Ricardo Stuckert/Presidência – 01.03.2024)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (6) que ficou "feliz" com a marcação da data das eleições presidenciais da Venezuela, que serão realizadas em 28 de julho, data de nascimento do ex-presidente de Hugo Chávez. Por outro lado, ele pôs em dúvida o comportamento dos candidatos de oposição ao atual presidente Nicolás Maduro e disse que o pleito pode ficar comprometido caso eles tenham uma postura semelhante à do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

"Sabe que eu fiquei feliz que foi marcada a eleição da Venezuela? O que disseram na reunião que tive na Guiana, na Celac, é que vão convidar olheiros do mundo inteiro. Se o candidato da oposição tiver o mesmo comportamento do nosso aqui [Bolsonaro], nada vale", disse Lula ao ser questionado se acha que o pleito na Venezuela vai ser justo.

A declaração foi dada pelo petista minutos antes de receber o presidente da Espanha, Pedro Sánchez, em uma visita oficial no Palácio do Planalto, em Brasília. No encontro, vão tratar da relação bilateral, das guerras na Faixa de Gaza e na Ucrânia e da reforma da governança de instituições multilaterais, além do acordo entre o Mercosul e a União Europeia.

A data da eleição é o aniversário do falecido presidente Hugo Chávez, que morreu em 2013 e foi mentor do ditador Nicolás Maduro, que vai tentar a reeleição. Há dúvidas sobre quem será o candidato da oposição, uma vez que a Suprema Corte manteve a decisão que impede María Corina Machado de disputar cargo público - ela tinha ganhado as primárias no ano passado.

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Outros candidatos também foram impedidos. O ex-governador Henrique Capriles, que concorreu duas vezes contra o chavismo, está inabilitado desde 2017, assim como Freddy Superlano, do partido Vontade Popular. Os demais líderes opositores Juan Guaidó, Leopoldo López e Antonio Ledezma deixaram o país.

Os aliados de Maduro ridicularizaram e afastaram a possibilidade de primárias durante todo o ano. Ainda assim, tanto o governo quanto seus adversários usaram a disputa como moeda de troca para extrair concessões um do outro como parte de um processo de negociação para acabar com a crise.

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