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Oposição venezuelana elimina 'governo interino' de Guaidó

Membros do Parlamento, eleitos em 2015, decidiram pelo fim do regime com 72 votos a favor, 29 contra e oito abstenções

Internacional|Do R7

Juan Guaidó durante coletiva de imprensa
Juan Guaidó durante coletiva de imprensa

A oposição venezuelana eliminou nesta sexta-feira (30) o "governo interino" de Juan Guaidó, reconhecido pelos Estados Unidos, após quatro anos de uma ofensiva frustrada para tentar depor o presidente socialista Nicolás Maduro.

Membros do Parlamento, de maioria opositora, eleito em 2015, e cujo mandato venceu no ano passado, decidiram pelo fim dessa figura a partir de 5 de janeiro, por 72 votos a favor, 29 contra e oito abstenções.

Esse Legislativo defende a continuidade ao chamar de fraudulenta a vitória do chavismo nas eleições legislativas de 2020.

A iniciativa para encerrar o governo interino — que nunca pôde assumir o poder real, apesar do amplo apoio internacional e embora tenha recebido o controle de ativos venezuelanos bloqueados no exterior devido a sanções — foi promovida por três dos principais partidos políticos da oposição: PJ (Primeiro Justiça), AD (Ação Democrática) e UNT (Um Novo Tempo).


Foi a segunda de duas votações necessárias, em que a proposta exigia maioria simples. A primeira ocorreu na semana passada.

Integrante do partido VP (Vontade Popular), do líder exilado Leopoldo López, Guaidó havia pedido na véspera a manutenção da figura do governo interino "acima de nomes", levantando a possibilidade de ser substituído por outro dirigente, proposta descartada nesta sexta-feira.


Alegando que a reeleição de Maduro em 2018 foi uma fraude, Guaidó se autoproclamou "presidente encarregado" em janeiro de 2019, em praça pública, com o apoio de meia centena de países.

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O respaldo internacional, no entanto, foi diluído. Embora mantenha o reconhecimento formal ao governo interino, os Estados Unidos enviaram delegados para se reunir com Maduro em meio à crise petroleira provocada pelas sanções contra a Rússia, e países latino-americanos como Brasil, Colômbia e Argentina deram uma guinada para a esquerda.

A oposição planeja eleições primárias para o próximo ano, visando às eleições presidenciais, previstas para 2024. Guaidó estaria entre os candidatos.

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