Lula diz que cúpula Celac-União Europeia tem que criticar ações dos EUA em águas internacionais
Presidente considera sem sentido o encontro entre América Latina e Europa sem discutir as ações militares americanas
Brasília|Do R7, em Brasília
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (4), em Belém, que a próxima cúpula CELAC-União Europeia perde relevância se não incluir em sua pauta os recentes ataques dos Estados Unidos a embarcações em águas internacionais.
A reunião entre líderes europeus e latino-americanos está prevista para os dias 9 e 10 de novembro, na cidade colombiana de Santa Marta.
O encontro, no entanto, enfrenta esvaziamento após o presidente Donald Trump autorizar uma ação militar contra supostos barcos de narcotráfico e impor sanções à Colômbia. As medidas incluíram acusações diretas ao presidente colombiano e provocaram forte reação diplomática.
Diante do cenário, autoridades europeias anunciaram desistência de participação. Entre elas estão a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o chanceler alemão Friedrich Merz e o presidente francês Emmanuel Macron.
As explicações dos europeus
Oficialmente, todos falaram que não participarão do encontro por ele estar esvaziado de líderes. A cúpula CELAC-União Europeia, em sua quarta edição, deveria reunir 60 chefes de Estado e de governo.
No entanto, fontes próximas aos governos informaram que a ausência dos líderes reflete desconforto com o aumento das tensões na região e com a indefinição sobre uma posição comum da Europa diante da ofensiva americana.
Lula defende que o encontro entre Europa e América Latina trate da soberania dos países e da necessidade de respostas conjuntas diante das ações militares unilaterais. Para o governo brasileiro, o debate sobre a crise é indispensável para evitar novos conflitos e preservar o diálogo entre os blocos.
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