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Lula diz que não vai transformar escolas em prisões de segurança máxima

Presidente disse também que é o momento de discutir a diferença entre 'liberdade de expressão e cretinice'

Brasília|Plínio Aguiar, do R7 em Brasília

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em cerimônia no Palácio do Planalto
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em cerimônia no Palácio do Planalto O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em cerimônia no Palácio do Planalto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira (18) que não vai transformar escolas em prisões de segurança máxima. O presidente disse também que as pessoas não podem fazer na rede social aquilo que é proibido na sociedade e que é o momento de discutir a diferença entre “liberdade de expressão e cretinice”. 

“Quando a criança acha que uma arma é solução, por que ela acha [isso]? Ela viu na Bíblia? Não. No livro escolar? Não. Ela ouviu do pai e da mãe. E é por isso que precisamos ter em conta que, sem a participação dos pais, a gente não recupera o processo educacional correto nas nossas escolas. Não vamos transformar as escolas em prisões de segurança máxima, que não têm solução”, disse Lula.

O presidente da República avaliou como “patético” a eventual fiscalização via raio-x de objetos, como arma de fogo, nas escolas. “Como seria patético para pais, prefeitos, governadores, presidente e instituições uma criança de oito anos ter que mostrar mochila”.

O presidente fez as declarações durante um encontro que discute políticas de proteção e enfrentamento à violência nos ambientes educacionais. O evento ocorre 12 dias após o ataque, realizado em 5 de abril, que matou quatro crianças em uma creche particular de Blumenau (SC).

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Estavam presentes no Palácio do Planalto a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, além dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes. Também estiveram presentes governadores, prefeitos e parlamentares. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o procurador-geral da República, Augusto Aras, também foram convidados, mas não compareceram.

“Por isso eu resumiria essa reunião com a frase do [ministro] Alexandre de Moraes. As pessoas não podem fazer na rede digital aquilo que é proibido na sociedade. Não é possível que eu possa pregar o ódio na rede digital, não é possível que eu fique fazendo propaganda de arma, ensinando criança a atirar”, acrescentou Lula.

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Durante o encontro, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que o modus operandi registrado em ataques às escolas é o mesmo utilizado no 8 de Janeiro e que as plataformas de redes sociais se recusam a ser responsabilizadas. O ministro cobrou esforços pela regulamentação das redes sociais. "As redes sociais se sentem em terra de ninguém, na terra sem lei. Nós precisamos regulamentar isso. E as plataformas, lamentavelmente, se recusam a serem responsabilizadas”, afirmou.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), concordou com Moraes e falou em contrapartida para as redes sociais. O senador lembrou que a Casa já aprovou um projeto de lei de regulamentação das plataformas e que o texto está, atualmente, sob análise da Câmara dos Deputados.

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