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Lula diz ser ‘inexplicável’ que ONU não consiga fazer Israel conversar sobre fim da guerra

Presidente brasileiro disse lamentar ‘profundamente’ o comportamento do governo israelense diante da invasão ao Líbano

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Lula lamenta 'comportamento' de Israel na guerra Ton Molina/Estadão Conteúdo - 26.09.2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta terça-feira (1º), ser “inexplicável” que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas “não tenha autoridade moral e política” para fazer com que o governo de Israel dialogue com as demais nações, pelo fim da guerra no Oriente Médio.

“Agora o que eu lamento profundamente é o comportamento do governo de Israel. Sinceramente, é inexplicável que o Conselho [de Segurança] da ONU não tenha autoridade moral e política de fazer com que Israel sente numa mesa para conversar, em vez de só saber matar”, disse Lula.

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Instituído em 1948 para zelar pela manutenção da paz e da segurança internacional, o órgão tem cinco membros permanentes – China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. Há ainda um grupo de dez membros não permanentes com mandatos de dois anos. Atualmente, os dez países que ocupam essas vagas são Brasil, Albânia, Equador, Emirados Árabes, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique e Suíça.

As declarações foram dadas durante agenda na Cidade do México. O presidente também comentou a operação de resgate de brasileiros no Líbano. “Eu acho que é importante e nós vamos fazer isso em todo lugar que é possível”, disse. Como mostrou o R7, o Ministério das Relações Exteriores calcula que cerca de 3.000 brasileiros que moram no país queiram voltar para o Brasil. O primeiro voo deve ocorrer até o fim desta semana, com cerca de 240 cidadãos.


Localizado no Oriente Médio, o Líbano foi invadido por Israel, pela primeira vez desde 2006, por via terrestre na noite da última segunda-feira (30). Nesta semana, Lula autorizou a realização de um voo de repatriação. O número é uma previsão do Itamaraty. Funcionários do ministério explicam, porém, que o plano pode sofrer alteração. Isso porque pode haver desistências ou saída do país por outras vias, por exemplo, em voos comerciais, entre outras questões.

Condenação

Na última segunda-feira (30), Lula voltou a condenar as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza. Em agenda com empresários na capital mexicana, o presidente chamou os ataques de Israel contra os grupos terroristas Hamas e Hezbollah de “matança desnecessária”.

“Eu sou contra a guerra da Rússia e da Ucrânia, porque não traz absolutamente nenhum benefício a ninguém. O que ela vai trazer é o resultado do benefício da reconstrução das coisas já construídas e a gente não consegue trazer de volta as vidas perdidas [...] É por isso que sou contra e condeno o que Israel está fazendo no Líbano agora, atacando e matando pessoas inocentes [...] É por isso que sou contra a chacina na Faixa de Gaza, porque já morreram mais de 41 mil mulheres e crianças”, disse Lula.

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