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Lula é aconselhado a trocar ministros do União Brasil depois de derrotas no Congresso

Apesar de estar à frente de três pastas, o partido não tem seguido a orientação do governo em votações no Parlamento

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

O presidente Lula (PT)
O presidente Lula (PT) O presidente Lula (PT)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido aconselhado por integrantes do Executivo a fazer alterações na composição ministerial para tentar melhorar a governabilidade com o Congresso Nacional. O principal pedido é para que ele troque os ministros que são filiados ao União Brasil.

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Hoje, a legenda comanda três pastas: a da Integração e do Desenvolvimento Regional, com Waldez Góes (que entra na cota do partido, apesar de ainda estar licenciado no PDT); a do Turismo, com Daniela Carneiro; e a das Comunicações, com Juscelino Filho. O partido virou alvo de insatisfação dentro do governo por não ter seguido a orientação do Executivo em votações no Congresso.

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Na terça-feira (30), por exemplo, durante a análise na Câmara dos Deputados do projeto de lei do marco temporal de demarcação de terras indígenas, o União Brasil se mostrou favorável à aprovação da proposta, indo contra a base governista. Dos 59 deputados da legenda que participaram da sessão, 49 votaram sim. Apenas dois foram contra, e oito não votaram.

A postura desalinhada dos interesses do governo já tinha acontecido antes, como na votação de um projeto que derrubou as alterações promovidas por Lula no marco do saneamento básico. Naquela ocasião, nenhum deputado do União Brasil foi contra, e 49 votaram a favor.

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Diante desse cenário, membros do governo dizem que não faz sentido acomodar na Esplanada dos Ministérios integrantes de um partido que não tem sido fiel a Lula. A avaliação é que o presidente poderia dar espaço a outras legendas que estão mais alinhadas aos interesses do Planalto.

Ministérios em risco

As conversas sobre tirar o União Brasil do governo ocorrem no momento em que Lula corre o risco de perder uma parcela expressiva de sua gestão. O Congresso tem até esta quinta-feira (1º) para analisar a medida provisória que definiu a estrutura ministerial do governo do petista. Caso a matéria não seja aprovada ou nem sequer votada, a gestão de Lula deixar de ter 37 pastas e passa a contar com 23, como era no fim do mandato de Jair Bolsonaro (PL).

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O governo federal tenta recuperar o tempo perdido e corre para articular a aprovação no Congresso. Na manhã desta quarta-feira (31), Lula convocou os ministros Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil) para falar sobre a MP. Além disso, o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), participou da conversa.

Além disso, ele falou por telefone com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e pediu uma reunião presencial com o deputado para buscar um acordo pela aprovação.

Padilha já afirmou que o governo vai defender o relatório do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL) da forma com que foi aprovado na comissão mista que analisou a MP, mesmo que haja o esvaziamento de pastas como a do Meio Ambiente e a dos Povos Indígenas.

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