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Lula é criticado por autorizar voo de R$ 345 mil que trouxe ex-primeira-dama do Peru

Operação que resgatou Nadine Heredia gera reação da Transparência Internacional

Brasília|Do Estadão Conteúdo

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Transparência Internacional criticou a operação que trouxe a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, ao Brasil.
  • A operação custou R$ 345 mil e foi autorizada pelo presidente Lula, sob alegações de razões humanitárias.
  • Heredia, condenada por corrupção e lavagem de dinheiro, solicitou asilo diplomático na Embaixada do Brasil em Lima.
  • A defesa de Heredia argumenta que seu caso tem motivações políticas e invoca a Convenção de Caracas de 1954 para justificar o asilo.

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Operação foi realizada a pedido de Lula após o governo conceder asilo humanitário a Nadine Bruno Peres/Agência Brasil

A ONG Transparência Internacional criticou a operação que trouxe a ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia ao Brasil, afirmando que a Força Aérea Brasileira (FAB) atuou como “piloto de fuga”, e classificou o episódio como “um dos mais infames da história latino-americana”. A entidade avaliou que a missão revela um problema regional mais amplo e potencializa disputas políticas tanto no Peru quanto no Brasil.

A operação da FAB custou R$ 345 mil e foi realizada a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após o governo conceder asilo humanitário à ex-primeira-dama peruana, condenada por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo o Planalto, a autorização foi motivada por razões humanitárias ligadas ao tratamento de câncer pelo qual passa Nadine Heredia.


“FAB se prestando ao papel de piloto de fuga da primeira dama peruana condenada por corrupção, a mando do próprio chanceler Mauro Vieira e do presidente Lula, será lembrado como um dos episódios mais infames da história latino-americana. Desonra que o povo brasileiro não merecia”, disse a Transparência Internacional no X.

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Os custos e detalhes do deslocamento foram obtidos pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) por meio de um requerimento de informação ao Ministério da Defesa.


A aeronave utilizada, um jato E-135 Shuttle (VC-99C), partiu de Brasília rumo a Lima com paradas técnicas e acumulou R$ 318 mil em despesas logísticas, R$ 19 mil em taxas aeroportuárias e R$ 7 5 mil em diárias para a tripulação. Antes de ser transportada, Heredia entrou na Embaixada do Brasil em Lima logo após receber sua sentença e solicitou asilo diplomático. O salvo-conduto para sua saída foi emitido pelo governo peruano em coordenação com Brasília.

A defesa de Heredia e o governo brasileiro fundamentaram o pedido de asilo na Convenção de Caracas de 1954, que regula o asilo diplomático em países da América Latina. O tratado permite que Estados concedam proteção a pessoas sob risco de perseguição política, cabendo ao país asilante - neste caso, o Brasil - determinar a urgência e necessidade da medida. Já o país territorial, o Peru, decide sobre a emissão do salvo-conduto. A defesa estabeleceu paralelos com processos da Operação Lava Jato alegando motivações políticas no caso.


Nadine Heredia chegou a Brasília acompanhada do filho mais novo. Ela e o marido, o ex-presidente Ollanta Humala, foram condenados pela Justiça peruana por corrupção e lavagem de dinheiro em esquema envolvendo a Odebrecht (atual Novonor) e o financiamento ilegal de campanhas eleitorais, crimes classificados como comuns e não políticos, pelas autoridades do Peru.

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