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R7 Brasília

Lula fala em levar premiê japonês em churrascaria para que Japão importe carne

País oriental importa produto, principalmente, dos Estados Unidos e da Austrália e governo estuda estratégias para entrar no mercado

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Lula e Fumio Kishida, no Planalto Wilton Junior/Estadão Conteúdo - 03.05.2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu ao vice-presidente, Geraldo Alckmin, que leve o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, em uma churrascaria durante a agenda em São Paulo, que será realizada neste sábado (4). Dessa forma, o objetivo é que o japonês conheça as carnes brasileiras e, assim, comece a importar o produto. Os líderes se reuniram nesta sexta-feira (3) no Palácio do Planalto, em Brasília.

“Em São Paulo, Alckmin, você que foi governador do estado, leve o primeiro-ministro Fumio para comer um churrasco no melhor restaurante de São Paulo para que na semana seguinte ele comece a importar a nossa carne”, disse Lula. Em outro momento, o presidente brasileiro falou que a carne brasileira é “mais barata” e de “qualidade extrema”.

A entrada de produtos brasileiros, no caso a carne bovina, no mercado japonês foi discutida entre Lula e Kishida. O Japão importa cerca de 70% da carne bovina que consome, sendo Estados Unidos e Austrália os principais fornecedores. É nesse ambiente que o Brasil quer entrar, vistas ao mercado milionário, segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

“Nós buscamos reconhecimento por parte do governo japonês e, agora, com a declaração brasileira de que todo o país está livre da febre aftosa, nós levaremos os documentos à Organização Mundial de Saúde Animal e aguardamos a visita dos japoneses... Eu tenho a convicção de que, muito em breve, o Brasil acessará esse mercado e será uma grande oportunidade”, afirmou Fávaro.


Atos firmados

Em relação aos atos firmados entre Brasil e Japão, foram assinados um memorando de cooperação na área de agricultura e melhoria de terras degradadas com vistas à segurança alimentar e mitigação do aquecimento global e um memorando de entendimento na área de segurança cibernética, que busca promover a cooperação entre os países, incluindo desenvolvimento e implementação e estratégias e capacidades nacionais. Há, ainda, outros 36 acordos fechados entre empresas brasileiras e japonesas.


“Foram assinados cerca de 40 memorandos, que se tornarão dispositivos de estímulo para elevar as relações econômicas-bilaterais para o próximo nível. É claro que os dois países compartilhem os valores e princípios, são parceiros estratégicos globais, para cooperação em vários campos”, disse o primeiro-ministro japonês.

Na sequência, Kishida destacou que o Japão apoia a presidência brasileira do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo. O premiê argumentou que a reforma da governança global e a mudança climática, temas-chave para o Brasil, vão receber apoio japonês na medida do possível. “Na reunião, reconhecemos a liderança do presidente Lula e saudamos a COP30 no Brasil no ano que vem.”


Agenda

Mais cedo, Lula recebeu Kishida no Palácio do Planalto, em Brasília. Na reunião bilateral, diversos tópicos foram abordados, como elevação dos fluxos de comércio e investimentos, temas consulares, parceria em transição energética e cooperação em iniciativas ambientais. No contexto da presidência brasileira do G20, os dois dialogaram também sobre medidas de combate à fome e à pobreza, mudança do clima, reforma da governança internacional e tópicos relacionados à paz, segurança e desarmamento.

Kishida, acompanhado de delegação empresarial, vai cumprir agenda em São Paulo neste sábado (4). Entre as atividades, estão compromissos nas esferas acadêmicas e culturais. O primeiro-ministro japonês vai participar ainda do fórum empresarial Brasil-Japão, junto com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, na capital paulista.


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