Lula fortalece declaração de Silveira e diz que Brasil vai aderir à Opep+ com foco na transição energética
O ministro de Minas e Energia já havia antecipado a entrada do Brasil no grupo a partir de 2024, mas aguardava aval do presidente
Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília
![Lula reforçou entrada do Brasil na Opep+](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/T6YANLH4NJIHRGDPPMG5PF2RMM.jpg?auth=5332947507a0e97b0e06d7a38e9c55a082175059614e4b856bafe29c02126bc8&width=442&height=240)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou neste sábado (2) a entrada do Brasil na Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). O foco é "pautar a importância de superar a política de combustíveis fósseis", como afirmou Lula. O anúncio fortalece a declaração do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que já havia adiantado a participação brasileira no grupo a partir de janeiro de 2024, mas aguardava aval do presidente.
"O Brasil vai participar não da Opep, mas da Opep+", diferenciou Lula, em postagem feita pelas redes sociais. A Opep+ é uma espécie de grupo expandido da Opep, que tem como objetivo coordenar e unificar as políticas petrolíferas. Na Opep+, são 13 países-membros além de 10 aliados sem poder de voto. "Vamos pautar a importância de superar a política de combustíveis fósseis, para que os países que ganham dinheiro com essa política possam investir na energia do futuro, a energia verde", completou Lula.
Após a postagem, o perfil oficial do Ministério de Minas e Energia comemorou a fala do presidente e reforçou a importância de participar das discussões e utilizar "as receitas do petróleo para impulsionar investimentos em energia limpa e renovável".
![Lula discursou na abertura da COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/P3QTV6DRZFJQDMV7NYWP6FHHXE.jpg?auth=0b3c5d907bd6dc02c5de03153952b9a5a3cf8f87026453a3471b1afe6293afc9&width=799&height=533)
A Opep reúne os maiores produtores de petróleo, responsáveis por 80% da produção mundial. Fazem parte do grupo: Algéria, Angola, Arábia Saudita, Congo, Emirados Árabes Unidos, Guiné Equatorial, Gabão, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria e Venezuela.
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Como associado, o Brasil poderia fazer parte dos debates, mas não seria um membro pleno nem teria o mesmo peso nos votos. Ainda assim, a pauta defendida pelo ministro Alexandre Silveira é reforçar a necessidade da transição energética.
"O Brasil é o país que mais produz energia limpa e renovável e descarboniza sua matriz de transporte e indústria. Para isso, precisamos avançar em políticas que possam tornar essa transição mundial", declarou Silveira.
Há um movimento claro para que os países industrializados sejam cobrados a participar ativamente dessa transformação energética. "Não há como um país se sacrificar, investir, fazer com que seu povo pague a conta por essa transição tão importante sem o mundo entender, em especial os países industrializados, a necessidade de participar de forma ativa dessa transformação. Por isso nossa participação na Opep+, grupo e plataforma de discussão das políticas de exploração de petróleo, mas da transição dessa matriz para energias limpas e renováveis", disse o ministro.