O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (30), que o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, permanecerá no cargo. Responsável por benefícios sociais como o Bolsa Família, a pasta é alvo de partidos políticos que pressionam o governo e cobram espaço para entrar na base.
Na quinta-feira (31), Lula vai lançar no Piauí, estado de Dias, o programa Brasil sem Fome para combater a insegurança alimentar e reduzir a pobreza. O ministro participará do evento com o presidente.
• Compartilhe esta notícia no WhatsApp
• Compartilhe esta notícia no Telegram
"Wellington fica. Convidei o Wellington Dias, um grande amigo e companheiro, porque tem 16 anos de experiência como governador e provou sua competência e comprometimento social com a transformação que promoveu no Piauí. Recebemos um país com políticas sociais destruídas e com milhões passando fome. Estamos recuperando a vida e a dignidade das pessoas, um trabalho que está só no começo, e sempre vou querer contar com a competência de alguém como o Wellington no meu governo", disse Lula em entrevista ao Meio Norte.
Em entrevista exclusiva à Record TV, em julho, o presidente também afirmou que o Ministério do Desenvolvimento é dele e que não aceitava negociar o comando da pasta.
"Esse ministério é um ministério meu. Esse ministério não sai. A Saúde não sai. Não é o partido que quer vir para o governo que pede ministério. É o governo que oferece ministério. É só fazer uma inversão de valores", disse Lula na ocasião. Caso a pasta seja, de fato, desmembrada, será mais uma vez o descumprimento de promessa feita pelo petista.
Na terça-feira (29), Lula disse que vai criar mais um ministério. A nova pasta vai cuidar das pequenas e médias empresas, de cooperativas e empreendedores individuais. Segundo fontes no governo, ela pode ser chefiada por um dos atuais ministros para abrir espaço na Esplanada para acomodar o centrão.