Lula inaugura infovia para levar internet a 3 milhões de pessoas na região Norte
Conexão de banda larga é proveniente de cabo de fibra óptica implantado no leito de rios amazônicos; trecho tem 1.110 km
Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inaugurou nesta segunda-feira (7) uma infovia em Santarém (PA) que vai levar internet de banda larga para 3 milhões de pessoas em 11 municípios da região Norte, entre Santarém e Manaus (AM). O trecho inaugurado tem 1.100 quilômetros de extensão. A internet é proveniente de um cabo de fibra óptica que foi implantado no leito dos rios amazônicos.
Segundo o governo federal, serão atendidas as cidades de Curuá, Óbidos, Oriximiná, Juruti e Terra Santa, no Pará; e Parintins, Urucurituba, Itacoatiara e Autazes, no Amazonas. Cada uma delas terá uma rede metropolitana própria, que vai levar internet a escolas, unidades de saúde e segurança e demais equipamentos públicos.
De acordo com o Executivo, a opção pela infovia submersa em leitos dos rios tem impacto ambiental menor. O governo diz que, caso a opção fosse rede enterrada ou por postes, quase 70 milhões de árvores poderiam ser derrubadas para garantir a extensão dessa rede. O cabeamento foi feito para durar 25 anos submerso nos rios.
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O trecho inaugurado nesta segunda faz parte do projeto Norte Conectado. O programa terá oito infovias com cabos compostos de 24 pares de fibra óptica. Cada par possui capacidade de até 20 Tb por segundo, ou seja, pode transmitir simultaneamente o equivalente a 200 mil vídeos de streaming em HD com alta qualidade.
Toda a estrutura do Norte Conectado vai beneficiar cerca de 10 milhões de brasileiros em 59 municípios de Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. Cada um dos municípios terá um Data Center Modular, onde os pares de fibra estarão disponíveis para uso.
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Com a melhoria da conectividade, o governo espera ampliar os serviços de telessaúde na região ao facilitar a chegada da atenção especializada a locais de difícil acesso e alcançar as comunidades tradicionais e os povos originários. O Executivo prevê benefícios como agilidade nos laudos, acesso rápido a médicos especialistas e profissionais de saúde, aumento da capacidade de serviços, redução de custos para o Sistema Único de Saúde e para a população vulnerável.