Lula lamenta morte de Jimmy Carter: ‘Foi um amante da democracia e defensor da paz’
Ex-presidente norte-americano morreu neste domingo (29) aos 100 anos
Brasília|Thays Martins, do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou as redes sociais, neste domingo (29), para lamentar a morte do ex-presidente norte-americano Jimmy Carter. O democrata morreu aos 100 anos neste domingo.
Lula destacou os inúmeros papéis de Carter na política dos Estados Unidos, como senador, governador e presidente, mas que “acima de tudo” ele foi “um amante da democracia e defensor da paz”.
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O presidente lembrou que na década de 1970, Carter pressionou a ditadura brasileira pela liberação de presos políticos. “Depois, como ex-presidente, continuou militando pela promoção dos direitos humanos, pela paz e pela erradicação de doenças na África e na América Latina”, afirmou Lula.
Além disso, segundo Lula, o trabalho de Carter após ter saído da presidência do país foi “tão ou mais importante que o seu mandato na Casa Branca”. Como destaque, Lula citou o trabalho dele junto ao Brasil na mediação de conflitos na Venezuela e na ajuda ao Haiti. Também lembrou da criação do Centro Carter, referência mundial em democracia, direitos humanos e diálogo. “Será lembrado para sempre como um nome que defendeu que a paz é a mais importante condição para o desenvolvimento. Meus sentimentos aos seus familiares, amigos, correligionários e compatriotas nesse momento de despedida”, finalizou Lula.
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, também emitiu nota de pesar pela morte de Carter. Segundo o ministro, Carter deu uma contribuição valiosa à cauda da humanidade.
“O Presidente Jimmy Carter foi uma pessoa que honrou a vida pública, com integridade e compromissos com a democracia e com os direitos humanos. A Fundação que leva o seu nome foi observadora das eleições brasileiras, em participação importante. Sua memória merece ser reverenciada como alguém que deu contribuição valiosa à causa da humanidade”, disse.
Morte aos 100 anos
O ex-presidente dos EUA morreu neste domingo aos 100 anos. O democrata comandou o país de 1977 a 1981 e foi vencedor do Nobel da Paz em 2002. Ele nasceu e cresceu na Geórgia, foi governador e senador, por dois mandatos, de seu estado.
Após deixar a Casa Branca, Carter se dedicou ao trabalho voluntário e a promover a paz, por meio do Centro Carter. Em 2002, o trabalho dele foi reconhecido pelo Prêmio Nobel da Paz em 2002. Na época, o comitê da premiação destacou os “esforços infatigáveis em prol de uma solução pacífica dos conflitos internacionais, da democracia, dos direitos humanos e do desenvolvimento econômico e social”.