Lula lamenta morte de Roberto Dinamite, ídolo do Vasco
'Admirei muito seu futebol bonito, ofensivo, de um chute tão potente de perna esquerda que virou apelido', disse presidente
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) utilizou as redes sociais para lamentar a morte de Roberto Dinamite, ex-jogador do Vasco da Gama, aos 68 anos, neste domingo (8). O ídolo lutava contra um câncer no intestino e não resistiu às complicações da doença.
"Foi um gigante na história do Vasco da Gama e do futebol brasileiro. Como torcedor do Vasco no Rio, admirei muito seu futebol bonito, ofensivo, de um chute tão potente de perna esquerda que virou apelido. E de apelido, sobrenome", escreveu Lula. "Além de grande jogador, foi também político, tendo sido deputado estadual por cinco mandatos e dirigente do Vasco da Gama, lutando para modernizar a gestão do clube", completou.
No último sábado (7), o ídolo vascaíno teve complicações da doença, descoberta no fim de 2021, e precisou ser internado no Hospital da Unimed, no Rio de Janeiro. Hoje de manhã, ele não resistiu a complicações da doença. Ainda não há informações sobre o velório, mas o clube carioca sugeriu que o evento ocorresse em São Januário, o estádio do time.
"É com o mais profundo pesar que o Vasco da Gama recebe a informação que o #MaiorDeTodos nos deixou neste domingo. Carlos Roberto de Oliveira, o Dinamite, dedicou 29 dos seus 68 anos ao clube, como atleta e presidente. Te amaremos para sempre, Calu", disse o time carioca.
Ídolo do Vasco
Nascido em Duque de Caxias em 15 de abril de 1954, Carlos Roberto de Oliveira viu seu destino se cruzar com o Vasco em 1969. O "olheiro" Gradim de Caxias apresentou o jovem de 15 anos (na época conhecido pelo epíteto de Calu e que jogava no clube amador São Bento) para fazer um teste em São Januário, sob o comando de Célio de Souza, técnico dos juvenis do Cruz-Maltino. Logo se destacou por seus gols de cabeça e pela colocação na área.
Dinamite fez 708 gols pela equipe de Vasco e, entre 2008 e 2014, foi presidente do time. O clube deixou uma homenagem ao camisa 10 em vida: uma estátua que fica atrás de um dos gols de São Januário. O ídolo também deixa o legado de ser o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro, com 190 gols marcados na competição, e do Campeonato Carioca, com 284 gols.
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Além do Cruz-Maltino, o craque ainda teve passagens pelo Barcelona (ESP) e defendeu a Portuguesa e o Campo Grande. Atuou também pela seleção brasileira na Copa de 1978 e esteve no grupo de convocados de 1982. Fora de campo, foi eleito vereador em 1992 e posteriormente teve cinco mandatos como deputado estadual.
O Vasco da Gama emitiu um comunicado oficial em que resume assim a relação entre o então jogador e o clube: "O Roberto era Vasco. O Vasco era Roberto". O time carioca também afirmou ser com "inestimável pesar" a necessidade de informar a morte do ídolo.