O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a noite "estável e segue em recuperação", e médicos avaliam que ele pode receber alta ainda neste domingo (1º), de acordo com boletim médico desta manhã. Segundo o informe, o presidente "caminhou, subiu e desceu escadas". Neste sábado (30), Lula caminhou um pouco, fez sessões de fisioterapia pela manhã e passou o dia estável.
O presidente está internado em apartamento, sob os cuidados dos médicos Roberto Kalil Filho, Ana Helena Germoglio e Giancarlo Cavalli Polesello. Ele passou por duas cirurgias. O primeiro procedimento, chamado de artroplastia, serviu para tratar a artrose no quadril direito, enquanto o segundo, uma blefaroplastia, tinha o objetivo de remover o excesso de pele das pálpebras.
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Ambas as cirurgias aconteceram na sexta-feira (29). A artroplastia começou às 12h e terminou às 13h13. Já a blefaroplastia teve início às 15h e foi encerrada às 16h16. Em uma conta média, as cirurgias duraram cerca de duas horas e meia. Na sala de cirurgia estavam presentes sete profissionais — três anestesistas e um assistente, além de Roberto Kalil (médico pessoal do presidente), Ana Helena Germoglio (médica da Presidência da República) e Giancarlo Polesello (médico-chefe da cirurgia).
A expectativa inicial era que a internação durasse até a próxima terça-feira (3), quando Lula seguiria para o Palácio da Alvorada. Durante o período, o vice-presidente Geraldo Alckmin não assumiu de forma interina a Presidência da República. A possibilidade chegou a ser discutida pelo governo, mas foi descartada, porque o vice pode tomar decisões caso ocorra algum episódio que imponha uma ação presidencial imediata.
A artroplastia é uma intervenção que já estava recomendada pela equipe médica do presidente da República, mas Lula vinha adiando a operação desde o fim do ano passado. Em diversas ocasiões, ele reclamou das dores que sentia por causa da artrose no quadril direito.
De acordo com a equipe médica, as duas cirurgias transcorreram dentro da normalidade e o período total de recuperação será de cerca de um mês. O custo dos procedimentos não foi informado pela equipe médica, mas o R7 apurou que ambas as cirurgias foram pagas pelo convênio de saúde de Lula.
Os médicos haviam adiantado a importância da fisioterapia para a recuperação de Lula. "A fisioterapia a gente tenta iniciar o mais rápido possível. Logo que [o paciente] acorda, retoma a consciência, ensinamos exercícios ativos e passivos no leito. Depois, conforme vai melhorando a dor, outros exercícios são ensinados, e vamos evoluindo [no quadro]. A ponto em que de três a quatro semanas é esperado que tenha boa cicatrização dos tecidos operados e que esteja andando com carga total e equilíbrio suficiente para ter independência nas atividades do dia a dia", informou Giancarlo Cavalli Polesello, médico-chefe da cirurgia.