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Lula sanciona gratuidade em conta de luz para famílias de baixa renda

Medida beneficia 60 milhões de pessoas; outras 55 milhões terão desconto

Brasília|Da Agência Brasil

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Lula sancionou a lei que garante gratuidade na conta de luz para famílias de baixa renda com consumo de até 80 kWh.
  • A nova medida, parte do programa Luz do Povo, beneficiará 60 milhões de pessoas, incluindo famílias do Cadastro Único e indígenas.
  • A partir de 2026, famílias com consumo de até 120 kWh terão um desconto de até 12% na conta de luz.
  • Outros custos como iluminação pública e ICMS poderão ser cobrados, e muitas propostas do Executivo foram alteradas ou retiradas na tramitação no Congresso.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Presidente Lula sancionou MP que instituiu o programa Luz do Povo

A gratuidade nas conta de luz para famílias de baixa renda que consomem até 80 quilowatts-hora (kWh) tornou-se lei nesta quarta-feira (8), após sanção presidencial da Medida Provisória 1.300/25, que instituiu o programa Luz do Povo.

Instituída pelo governo em maio, a MP tramitou por quatro meses no Congresso Nacional até sua aprovação definitiva, no mês passado.


A gratuidade deve beneficiar 4,5 milhões de famílias inscritas no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) com renda familiar mensal por pessoa menor ou igual a meio salário mínimo. Pelo texto, também têm direito a tarifa social as famílias que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de indígenas e quilombolas de baixa renda. Ao todo, serão 60 milhões de pessoas diretamente beneficiadas.

“A proteção social é necessária até que o Brasil consiga aumentar a base de arrecadação com justiça tarifária, aumentando a renda de todos para chegarmos ao país com o qual todos sonhamos”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.


A nova tarifa social da energia já estava valendo desde julho, uma vez que MP tem efeito imediato, mas precisava de aprovação do Parlamento para se tornar lei. A partir de janeiro de 2026, para famílias que registrarem consumo de até 120 kWh, os descontos devem chegar a 12% na conta de luz, alcançando cerca de 55 milhões de beneficiários.

Pelo texto, agora convertido na Lei 15.235/2025, a isenção será bancada pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo financiado pelo conjunto dos consumidores para sustentar políticas públicas no setor de energia.


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Por outro lado, poderão ser cobrados das famílias outros custos não associados à energia consumida, como a contribuição de iluminação pública e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de acordo com a lei de cada estado ou município.

Entre os itens que ficaram de fora do texto da MP original, por decisão do Parlamento, estão as tarifas diferenciadas por horário e mudança em critérios de preços nas operações de energia de curto prazo.


Dívidas de hidrelétricas

Proposto pelo relator da MP na Câmara, deputado Fernando Coelho Filho (União-PE), foi incluído um desconto para dívidas de geradoras hidrelétricas com a União. As parcelas reduzidas a vencer implicam uma renúncia fiscal ao governo de cerca de R$ 4 bilhões, de acordo com o relator.

Ainda segundo a nova medida, o custo de energia mais alto das usinas nucleares será rateado entre todos os consumidores por meio de adicional tarifário, exceto para os consumidores de baixa renda. Até então, esse custo era concentrado em contratos específicos. A mudança passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2026.

Em relação ao setor de irrigação e aquicultura, o texto acaba com o horário fixo das 21h30 às 6h para desconto de energia concedido a essas atividades e com período contínuo, cabendo definição de horário com a distribuidora segundo parâmetros do governo.

Pontos retirados

Diversos pontos previstos na MP original do Executivo foram retirados na tramitação da matéria pelo Congresso Nacional. Alguns dispositivos foram transferidos, após acordo entre líderes, para a MP 1.304/25, ainda em discussão.

Entre eles, a escolha do fornecedor de energia pelo consumidor residencial e comercial, a atuação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) no mercado de gás e o fim de incentivos à energia de fonte alternativa. O ministro Alexandre Silveira disse esperar que haja avanços no Congresso.

“Eu tenho absoluta convicção de que vão convergir os interesses e vai entregar ao povo brasileiro, como a liberdade para consumidor escolher as empresas fornecedoras de energia, quebrando o monopólio das nossas distribuidoras. Isso é energia mais barata para a classe média. Quem compra hoje energia no mercado livre paga 20% mais barato que a classe média e os mais pobres que consomem no mercado regulado”, destacou o ministro.

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