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Lula se reúne com Múcio e comandantes das Forças Armadas

Encontro ocorre nesta sexta-feira (20) no Palácio do Planalto em meio a desconfiança do presidente com os militares

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião no Palácio do Planalto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião no Palácio do Planalto

Em meio a desconfiança com os militares, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne, nesta sexta-feira (20), com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e os comandantes das Forças Armadas, no Palácio do Planalto. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, também participará do encontro.

Na reunião, também estarão o general Júlio Cesar de Arruda (Exército), o almirante Marcos Sampaio Olsen (Marinha) e o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno (Aeronáutica).

Em nota divulgada nesta quinta-feira (19), a federação informou que Silva continua a ser presidente da entidade. Na última segunda-feira (16), uma assembleia decidiu destituir o empresário do comando da Fiesp, por 47 votos a 1. Essa votação, no entanto, é considerada internamente como sem validade, por não ter sido convocada com antecedência e realizada quando representantes dos setores de maior peso, e apoiadores de Josué, já tinham deixado a sede, na avenida Paulista.

Desconfiança

O encontro de Lula com os militares ocorre após declarações dadas pelo presidente que demonstram desconfiança com as Forças Armadas. Na última semana, durante café da manhã com jornalistas, o petista disse que contratou pessoas em quem confia para os cargos de ajudante de ordem — postos que eram ocupados por militares no governo anterior.


Na sequência, Lula afirmou estar convencido de que alguém facilitou a entrada de extremistas no Palácio do Planalto, durante a invasão nas sedes dos Três Poderes, na capital federal, em 8 de janeiro. "Teve muita gente conivente, muita gente da Polícia Militar conivente, muita gente das Forças Armadas conivente", disse o presidente na ocasião.

Diante da invasão, o presidente decretou intervenção federal na segurança pública do Governo do Distrito Federal até 31 de janeiro — Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, foi escolhido para ser o interventor.


Até o momento, cerca de 1.500 pessoas foram presas pelos atos antidemocráticos. Desses, 1.028 já foram transferidos para presídios situados no Distrito Federal. Por questões humanitárias, 599 pessoas foram liberadas — no grupo, estão idosos, em situação de rua, mães acompanhadas de crianças e portadores de problemas de saúde.

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Dispensa

Nos últimos três dias, foram dispensados ao menos 62 membros das Forças Armadas de funções em diferentes áreas da Presidência da República. Os militares estão alocados no Exército, Marinha e Aeronáutica. Com a medida, os militares serão realocados em outras frentes de atuação.

Um dos dispensados com a medida foi o tenente-coronel Marcelo Ustra da Silva Soares. O militar é primo de Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos principais torturadores da ditadura militar brasileira (1964-1985). 

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