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Lula vai discutir sobre mudança climática e guerra na Ucrânia com premiê do Japão

Além de participar de reuniões da cúpula do G7, presidente terá encontro reservado com o primeiro-ministro japonês

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Lula foi convidado a participar da cúpula estendida do G7
Lula foi convidado a participar da cúpula estendida do G7 Lula foi convidado a participar da cúpula estendida do G7

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá uma reunião no sábado (20) com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, para discutir temas como a guerra entre Rússia e Ucrânia e o combate à mudança do clima. Lula foi convidado por Kishida para participar da cúpula estendida do G7, o grupo dos países mais desenvolvidos do mundo.

O presidente brasileiro deve desembarcar na cidade de Hiroshima na noite desta quinta (18), no horário de Brasília.

Segundo o Palácio do Planalto, Lula e Kishida também vão falar sobre a expansão dos fluxos bilaterais de comércio e investimentos entre os dois países, cooperação na área de descarbonização e a integração da comunidade brasileira no Japão, estimada em cerca de 204 mil indivíduos (a quinta maior no mundo).

Em 2022, o comércio entre Brasil e Japão foi de 11,9 bilhões de dólares, um aumento de 11,4% em relação a 2021. As exportações brasileiras para o Japão foram de 6,6 bilhões de dólares (19,2% a mais que no ano anterior), e as importações somaram 5,3 bilhões de dólares. Com esse resultado, o Japão foi o 10º maior parceiro comercial do Brasil no último ano e o 3º na Ásia, atrás de China e Índia.

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Os produtos brasileiros mais exportados para o Japão são milho, minério de ferro, carne de frango, café, alumínio e soja. Em contrapartida, importa autopeças, compostos químicos, máquinas e equipamentos do país asiático.

Além do encontro reservado com Kishida, Lula terá reuniões bilaterais com o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese; o presidente da Indonésia, Joko Widodo; o presidente da França, Emmanuel Macron; o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz; o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh; e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.

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Dificuldade para tratar da guerra

Segundo especialistas em relações internacionais ouvidos pelo R7, Lula pode ter dificuldade em implementar suas posições para o fim do conflito entre Rússia e Ucrânia.

O presidente vai tentar retomar o papel do país diante do cenário internacional, mas deverá ter pouca influência no grupo, uma vez que é convidado e não membro. Segundo fontes, essa posição impede, por exemplo, o direito ao voto nas reuniões.

A professora de direito internacional da Universidade de São Paulo (USP) Maristela Basso afirma que o Brasil vai levar adiante a proposta da formação de nações amigas para mediar o fim do conflito iniciado pelos russos, mas que o país não deve se apresentar como principal interlocutor do grupo devido às polêmicas declarações feitas por Lula.

"Ele [Lula] já cometeu várias gafes nesse sentido; então, o Brasil já não é mais um país capaz de liderar o grupo de paz. Ele até poderá participar, mas perdeu a oportunidade de liderar. Isso se dá na medida em que perdeu a neutralidade e fez declarações desarrazoadas, fora de contexto e equivocadas", comentou a professora.

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