Lula vai lançar aliança contra a fome em novembro às margens da cúpula do G20
Iniciativa busca formar uma cesta com políticas públicas e tem três pilares: nacional, financeiro e de conhecimento
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai lançar oficialmente a Aliança Global Contra a Fome a Pobreza em novembro, em paralelo à cúpula do G20, o grupo que reúne as maiores economias do mundo, no Rio de Janeiro. O Palácio do Planalto esclareceu nesta terça-feira (16) que o Brasil não propôs o lançamento de uma nova organização internacional para colocar o plano em prática.
A aliança é uma proposta feita pela presidência brasileira no âmbito do G20. “Aberta a todos os países, busca formar uma cesta com políticas públicas de combate à fome e à miséria bem-sucedidas, como ocorreu no Brasil, e em diversas outras regiões do mundo”, diz em comunicado o governo federal.
De acordo com o Planalto, o propósito não é ficar restrito a apenas oferecer cursos financeiros, mas mostrar programas, políticas e ferramentas que já tenham sido usados em outros países e dado bons resultados. “A aliança terá uma cesta de programas sociais já implementados e considerados eficientes, que os países que aderirem poderão escolher e aplicar”, acrescenta.
A proposta foi anunciada por Lula assim que o Brasil assumiu a presidência rotativa do grupo, em dezembro do ano passado. Estudos realizados por organismos internacionais apontam a necessidade de financiamento na ordem de US$ 78 bilhões por ano para alcançar o objetivo de tirar pessoas do Mapa da Fome e reduzir a pobreza mundial até 2030, conforme Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O projeto tem três pilares: nacional, financeiro e de conhecimento. “No primeiro, os países membros se comprometeriam a adotar políticas efetivas para formar o pilar dos compromissos nacionais. O segundo tem por objetivo compor uma variedade de fundos globais e regionais existentes para apoiar os países a implementar programas contra a fome e a pobreza. Já o último serviria como um polo de conhecimento dedicado a promover a assistência técnica e o compartilhamento de lições entre os membros da Aliança”, explica o governo.