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R7 Brasília

Lula volta a cobrar de países ricos que destinem US$ 100 bi por ano para enfrentar mudança climática

Presidente também prometeu que Brasil fará aporte até o final do ano ao Fundo do Banco de Desenvolvimento do Caribe

Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

Lula cobrou US$ 100 bi dos países ricos
Lula cobrou US$ 100 bi dos países ricos Reprodução / YouTube - CanalGov

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a cobrar nesta quarta-feira (28), dos países ricos, que cumpram o compromisso de destinar US$ 100 bilhões anuais às nações em desenvolvimento para o enfrentamento da mudança climática. A declaração foi feita durante o encerramento da 46ª Caricom (Conferência de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe), em Georgetown, na Guiana. O presidente participa do evento como convidado especial. 

Em dezembro de 2023, durante a abertura da Cop28 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), em Dubai, nos Emirados Árabes, Lula afirmou que "o planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos" e cobrou dos países ricos a execução da promessa de ajudar financeiramente os mais pobres para combater as mudanças climáticas.

"Não é possível que os países ricos, principais responsáveis pela crise climática, continuem descumprindo o compromisso de destinar US$ 100 bilhões anuais aos países em desenvolvimento para o enfrentamento da mudança do a clima", disse Lula. 

"Compartilhamos do diagnóstico da iniciativa de Bridgetown [Iniciativa que busca um pacto em que países ricos ajudem aos países pobres a enfrentar as mudanças climáticas]. Muitas de suas propostas são bandeiras que o Brasil erguerá na presidência do G20. Refiro-me em especial ao pleito pela ampliação dos recursos disponíveis a países em desenvolvimento. Até o final deste ano faremos um aporte ao fundo concessional do Banco de desenvolvimento do Caribe", disse Lula.


Segundo o presidente, o sistema financeiro internacional não tem ferramentas adequadas para o desenvolvimento sustentável e de enfrentamento à mudança do clima.

Conflito em Gaza

Em seu discurso, Lula questionou os investimentos em armas e disse que o Brasil seguirá lutando pela paz mundial. "Não é possível que o mundo gaste por ano US$ 2,2 trilhões em armas. Todos sabemos: guerras provocam destruição, sofrimento e mortes, sobretudo de civis e inocentes. [...] Uma guerra na distante Ucrânia afeta todo o planeta porque aumenta os preços de alimentos e fertilizantes. O genocídio na faixa de Gaza afeta toda a humanidade porque questiona o nosso senso de humanidade e confirma uma vez mais a opção preferencial pelos gastos militares em vez de investimento no combate à fome na Palestina, na África, na América do Sul ou no Caribe", disse.

As recentes declarações de Lula sobre o conflito em Gaza causaram uma crise diplomática com Israel. Em 18 de fevereiro, o presidente comparou o conflito ao extermínio de judeus pela Alemanha nazista. "O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus", disse. A frase fez com que o governo de Benjamin Netanyahu o declarasse como "persona non grata" no país até que haja uma retratação sobre as declarações.

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