Mais Médicos chega a 28,2 mil profissionais e dobra quantidade de vagas em um ano
Aumento em 2023 foi de 105% em relação ao ano anterior, segundo Ministério da Saúde; quantitativo atinge 82% do território nacional
Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília
O número de profissionais atuando no Programa Mais Médicos dobrou em 2023, na comparação com o ano anterior. O aumento foi de 105%, somando 28,2 mil vagas preenchidas. O quantitativo atinge 82% do território nacional, com capacidade de atendimento a 86 milhões de pessoas. Os dados são do Ministério da Saúde.
“Mais que dobramos o efetivo de médicos em relação ao ano de 2022. São mais de 4 mil municípios atendidos, com ênfase nas periferias e no interior do país”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Em 2023, o programa alcançou 744 novos municípios e atingiu 100% dos 34 distritos sanitários indígenas. Atuando na saúde indígena foram incluidos mais 977 novos profissionais.
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O Ministério da Saúde atribui o aumento de profissionais à reformulação do programa, com novas oportunidade de qualificação, incentivos e benefícios. Para o diretor de programas da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, o Mais Médicos é uma estratégia nacional para formação de especialistas.
“A expectativa é que nos próximos anos cada uma das equipes de saúde da família tenha um médico especialista, o que vai melhorar consideravelmente o atendimento às comunidades”, diz Proenço.
Reformulação
O programa reformulado foi sancionado em julho, com custo previsto de R$ 712 milhões para 2023. O lançamento do programa ocorreu em março, ocasião em que o presidente defendeu a contratação dos estrangeiros e lembrou que anteriormente o Mais Médicos contava com a participação de profissionais de Cuba.
O Mais Médicos foi criado em 2013, durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff e sofreu alterações desde então. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reformulou o programa, e uma das maiores mudanças foi o término da parceria do governo federal com profissionais cubanos. Uma das críticas era que o repasse dado aos médicos ia direto para o governo de Cuba.