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Manifestante do 8 de Janeiro que morreu em presídio era acusado de cinco crimes; saiba quais

Cleriston Cunha recebia acompanhamento médico e remédios para diabetes e hipertensão na penitenciária da Papuda, no DF

Brasília|Do R7, com informações da Agência Estado

Cleriston era conhecido como 'Clezão do Ramalhão'
Cleriston era conhecido como 'Clezão do Ramalhão'

O empresário Cleriston Pereira da Cunha, que morreu nessa segunda-feira (20), na penitenciária da Papuda, em Brasília, respondia na Justiça por cinco crimes: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Conhecido pelos familiares e amigos próximos como "Clezão do Ramalhão", Cunha estava na lista de detidos no 8 de Janeiro que foram levados à Papuda no dia seguinte aos atos extremistas. A prisão em flagrante foi convertida em preventiva, e o caso tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

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Em fevereiro, o advogado de Cunha, Bruno Azevedo de Souza, disse que a prisão de seu cliente seria uma "sentença de morte" e pediu à Justiça que concedesse liberdade provisória, o que foi negado naquele momento.

Em 1º de setembro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) deu parecer favorável ao pedido, mas, até a morte de Cunha, não houve despacho do STF sobre o pedido.


Moraes requisitou na última segunda-feira (20) informações detalhadas da morte dele. O ministro requisitou também cópia do prontuário e relatório médico dos atendimentos recebidos pelo interno durante a custódia.

Problemas de saúde

Na Papuda, Cleriston Pereira da Cunha era acompanhado por uma equipe médica e recebia remédios para diabetes e hipertensão. Em seu último depoimento às autoridades, avisou sobre os problemas de saúde. Em 31 de julho, ele contou que tinha vasculite aguda, o que o fazia desmaiar e ter falta de ar no presídio.

Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape), Cunha estava no pátio quando passou mal, por volta das 10h. O Corpo de Bombeiros foi acionado, e duas viaturas entraram na unidade prisional às 10h18 para prestar socorro. As equipes tentaram a reanimação cardiorrespiratória, sem sucesso, e a morte de Cunha foi declarada às 10h58.

A família foi notificada da morte, e o corpo foi levado ao Instituto Médico-Legal (IML). A Polícia Civil afirma que houve perícia no local.

Segundo a defesa de Cunha, ele teria se sentido mal durante toda a noite, mas não recebeu atendimento dos responsáveis. O advogado da família acusa os agentes de plantão de omissão e afirma que vai fazer um boletim de ocorrência.

Empresário de 46 anos e membro de uma família de políticos do interior da Bahia, Cleriston morava no Distrito Federal havia duas décadas. O irmão dele, Cristiano Pereira da Cunha, é vereador em Feira da Mata (BA) pelo PSD. O pai, Edson Cunha, foi vice-prefeito da mesma cidade de 1989 a 1992.

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