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R7 Brasília

Mauro Cid e pai prestam novos depoimentos nesta semana à Polícia Federal

Cid é suspeito de envolvimento no caso por entrar no país de forma irregular com joias recebidas pelo governo Bolsonaro

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window

Depoimento foi marcado após nova joia ser encontrada
Pedidos foram feitos pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro Roque de Sá/Agência Senado - 11.7.2023

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), vai prestar um novo depoimento à Polícia Federal sobre o caso das joias nesta terça-feira (18). O pai dele, o general Mauro Lourena Cid, também deve ser ouvido. Os dois foram chamados pela corporação após as investigações da PF mostrarem a negociação de uma nova joia relacionada a Bolsonaro.

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O pai prestará depoimento no Rio de Janeiro, e o filho será ouvido em Brasília. Mauro Cid é suspeito de envolvimento no caso por entrar no país de forma irregular com joias recebidas pelo governo Bolsonaro como presente da Arábia Saudita, além de tentar vender os itens. Ele é suspeito, também, de fraudar dados de vacinação de Bolsonaro e da filha mais nova do ex-presidente.

Em março, o militar foi preso após prestar depoimento ao STF (Supremo Tribunal Federal) sobre um áudio no qual fez ataques à Polícia Federal e ao ministro Alexandre de Moraes. Em maio, Moraes autorizou a soltura dele.

Na gravação, o ex-ajudante de Bolsonaro afirma que a PF o pressionou a relatar fatos que não teriam ocorrido e a detalhar eventos sobre os quais não tinha conhecimento. Cid diz que foi induzido por policiais a corroborar declarações de testemunhas e a reproduzir informações específicas, sob pena de perder os benefícios do acordo de delação premiada. O militar criticou a atuação de Moraes, dizendo que o ministro “faz o que bem entender”.


Também em março, o general Mauro Cesar Lourena Cid prestou depoimento à Polícia Federal. Em agosto de 2023, a PF cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em uma operação de combate a crimes de peculato e lavagem de dinheiro ligados ao caso. O general foi um dos alvos.

De acordo com a PF, pai e filho utilizaram “a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues em missões oficiais por autoridades estrangeiras a representantes do Estado, por meio da venda desses itens no exterior”.

A PF identificou o rosto do general no reflexo de uma foto utilizada para negociar, nos Estados Unidos, esculturas recebidas como presente oficial. A imagem foi anexada ao documento da decisão de Moraes que ordenou o cumprimento dos mandados.

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