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Mercosul destaca desapontamento com a não assinatura do acordo de parceria com a União Europeia

Comunicado conjunto assinado pelo países do bloco não cita Venezuela

Brasília|Do R7, com Estadão Conteúdo

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Documento assinado pelos líderes não menciona Venezuela Ricardo Stuckert/PR-20.12.2025

Os presidentes dos Estados Partes do Mercosul manifestaram desapontamento com a não assinatura do acordo de parceria entre o bloco sul-americano e a União Europeia (UE) durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado, realizada neste sábado (20). Segundo comunicado conjunto, a decisão foi motivada pela falta de consenso político nas instâncias comunitárias europeias.

O texto foi assinado pelos presidentes do Brasil, da Argentina, do Paraguai e do Uruguai, além do ministro das Relações Exteriores da Bolívia. A Venezuela não é mencionada no documento.


Apesar do adiamento, os países afirmaram confiar que a União Europeia concluirá seus trâmites internos, o que permitiria a definição de uma data futura para a assinatura do acordo. De acordo com o comunicado, o texto negociado representa “um equilíbrio cuidadosamente alcançado ao longo de 26 anos de negociações” e sua formalização enviaria um sinal positivo ao cenário internacional, ao fortalecer a integração entre os dois blocos.

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A cúpula do Mercosul estava inicialmente prevista para o início de dezembro, mas foi adiada para este sábado a pedido da União Europeia. A expectativa era de que o Parlamento Europeu votasse nesta semana a autorização para o acordo, o que não ocorreu. A recusa da Itália em avançar com a assinatura contribuiu para o novo adiamento.


Venezuela fica fora do comunicado, mas entra no debate

Embora não conste no texto final, a situação da Venezuela foi tema de discursos durante a cúpula. Ao menos dois chefes de Estado abordaram o assunto publicamente, com posições divergentes. A sessão plenária não foi transmitida integralmente à imprensa.

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que uma eventual intervenção armada no país vizinho representaria uma catástrofe humanitária para o Hemisfério Sul. “A ameaça à soberania se apresenta hoje sob a forma de guerra, antidemocracia e crime organizado”, disse.


Já o presidente argentino, Javier Milei, elogiou a pressão exercida pelos Estados Unidos e pelo presidente norte-americano, Donald Trump, com o objetivo de “libertar o povo da Venezuela”.

A Venezuela está suspensa do Mercosul desde 2016, após decisão do bloco que apontou a falta de garantias à plena vigência das instituições democráticas no país.


O comunicado conjunto foi assinado pelos chefes de Estado do Brasil, da Argentina, do Paraguai e do Uruguai, além do chanceler da Bolívia.

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