Minas e Energia diz que 534 mil unidades sofreram corte de energia no Rio Grande do Sul
O maior desastre ambiental do estado deixou 83 mortes confirmadas e 111 desaparecidos até o momento
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O Ministério de Minas e Energia informou, nesta segunda-feira (6), que os cortes de energia, motivados pelas chuvas que atingem o Rio Grande do Sul e deixaram mais de 80 mortos, afetaram 534 mil unidades. Dessas, 150 mil tiveram o fornecimento reativado.
Atualmente, 458 mil unidades, compostas por casas, apartamentos, prédios comerciais e afins, estão desligadas, sendo 540 mil por motivo de segurança ou impedimento de acesso ao sistema pelo nível das águas.
De acordo com a pasta, chefiada por Alexandre Silveira, os desligamentos cresceram em Porto Alegre, em função de questões relacionadas à segurança. Dessa forma, em função do avanço dos temporais, os números de desligamentos e de religamentos estão quase no mesmo nível.
O maior desastre ambiental do Rio Grande do Sul deixou 83 mortes confirmadas e 111 desaparecidos até o momento. O governo federal reconheceu calamidade pública para 336 municípios (2/3 do total) no domingo (5). Várias regiões gaúchas ainda têm pontos ilhados, estradas e pontes destruídos e moradores à espera de resgate. Há centenas de milhares de moradores sem luz e água.
Autoridades e meteorologistas mapeiam o avanço das chuvas e das enchentes ao longo dos próximos dias no Rio Grande do Sul — a região mais crítica é Porto Alegre e a região metropolitana, segundo avaliação da MetSul. As inundações atrapalham os resgates, e o governo prevê mais chuvas nesta segunda-feira (6), principalmente no extremo sul gaúcho. De acordo com dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o volume total de chuva pode superar os 100 milímetros em 24 horas, com ventos acima de 100 km/h e queda de granizo.
Lula
Como mostrou o R7, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai anunciar nesta segunda-feira (6) a escolha do caminho jurídico para as ações de recuperação do Rio Grande do Sul em função das chuvas que atingiram o estado nos últimos dias. O chefe do Executivo desfalcou um evento hoje para dar andamento às ações que serão tomadas pelo governo federal.
“Será um anúncio de escolher o caminho formal jurídico para as ações do Rio Grande do Sul. Não necessariamente de valores. Não queremos ficar anunciando valores pontuais que ainda não estão devidamente apurados, porque os valores serão apurados na medida do baixar das águas, da limpeza das cidades e da materialização e constatação do que precisará ser reconstruído. Então não vamos fazer anúncio sem essa materialidade, até porque muitas das ações terão que ser repensadas ou novos projetos”, disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa.