Em depoimento nesta quinta-feira (14) à CPI do 8 de Janeiro na Câmara Legislativa do DF, Walter Delgatti Neto, conhecido como hacker da "Vaza Jato", disse que, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o Ministério da Defesa tentou conseguir uma urna eletrônica para que o hacker inserisse um código falso no sistema. A ideia, segundo Delgatti, era gerar dúvida na população sobre a segurança do processo eleitoral no Brasil. O depoimento foi prestado por videoconferência. Segundo Delgatti, o objetivo era que o código "corrompesse" uma urna. "Eles falavam que o povo ver o voto sendo alterado [nas urnas] seria diferente do povo [apenas] ouvindo", afirmou. Delgatti disse que não gerou o código porque o ministério não conseguiu uma urna para ele ter acesso ao código-fonte.• Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram Delgatti é o 24º depoente a ser ouvido pelos distritais. Ele prestou depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, no Congresso Nacional, e afirmou que Bolsonaro prometeu indulto a ele para assumir um suposto grampo feito por agentes estrangeiros ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A defesa de Bolsonaro apresentou uma queixa-crime contra o hacker por suposta calúnia. Delgatti está preso desde agosto por envolvimento nos ataques de hackers a celulares do ex-juiz federal e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e de ex-procuradores da República que atuaram na Operação Lava Jato. Ele foi condenado pela Justiça Federal a 20 anos e um mês de prisão e 736 dias-multa pelos crimes de invasão de dispositivos eletrônicos, interceptação de comunicações telefônicas, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro. • 21/9 (quinta-feira): coronel Paulo Jorge Fernandes; • 28/9 (quinta-feira): Ana Priscila Azevedo; • 5/10 (quinta-feira): major Cláudio Mendes dos Santos; • 9/10 (segunda-feira): capitão José Eduardo Natale de Paula Pereira; • 19/10 (quinta-feira): Saulo Moura Cunha; e • 26/10 (quinta-feira): coronel Reginaldo Leitão.