Brasília Ministério da Justiça autoriza uso da Força Nacional nas rodovias de Rondônia

Ministério da Justiça autoriza uso da Força Nacional nas rodovias de Rondônia

De acordo com boletim divulgado pela PRF no estado, à 0h desta terça-feira (8) ainda havia seis interdições no estado

  • Brasília | Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

Agentes da PRF monitoram manifestantes em bloqueio de rodovia

Agentes da PRF monitoram manifestantes em bloqueio de rodovia

PEDRO KIRILOS/ESTADÃO CONTEÚDO/01.11.2022

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, autorizou o emprego da Força Nacional em apoio ao governo de Rondônia e à Polícia Rodoviária Federal (PRF) para garantir a circulação nas rodovias do estado por quinze dias. A decisão, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (8), veio na esteira das manifestações que bloqueiam as rodovias desde a divulgação do resultado da eleição presidencial. 

A portaria determina a articulação da Força Nacional com os órgãos de segurança de Rondônia, sob a coordenação da Superintendência da PRF no estado. Ainda de acordo com o texto, o contingente disponibilizado vai obedecer ao planejamento definido pela diretoria da Força Nacional, da Secretaria Nacional de Segurança Pública e do Ministério da Justiça.

Segundo o boletim divulgado pela PRF no estado, à 0h desta terça, havia ainda seis interdições em Rondônia. Veja abaixo:

Manifestantes não aceitam resultado das urnas

Desde que foi divulgado o resultado da eleição presidencial que deu vitória ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caminhoneiros e manifestantes que apoiam o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) fizeram mais de 320 bloqueios e interdições em rodovias de 25 estados e do Distrito Federal. Os protestos começaram no domingo (30), após o pleito, e se estenderam ao longo da semana.

Até o último domingo (6), 45 pessoas foram detidas e 5.422 multas foram aplicadas em decorrência dos bloqueios e interdições, em um total de R$ 14 milhões. A primeira interdição foi registrada em Mato Grosso do Sul, por volta das 21h15 do domingo (30), cerca de uma hora e meia após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciar a vitória de Lula. 

Em mensagem publicada nas redes sociais da PRF, na noite de sexta-feira (4), o diretor-geral da corporação, inspetor Silvinei Vasques, destacou que a ação dos policiais foi a maior operação já empreendida pelo órgão em seus 94 anos de história. De acordo com o último boletim nacional da PRF, divulgado às 5h desta terça-feira (8), já foram desfeitas 1.070 manifestações.

Na segunda-feira (7) manifestantes no interior do Pará atacaram a equipe da PRF que negociava a liberação da BR-163. Os agentes foram atacados com cadeiras, pedaços de pau, fogos de artifícios e até disparos de arma de fogo. A Polícia Federal identificou 18 pessoas que participaram do ataque e já pediu a prisão dos manifestantes identificados.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou na quinta-feira (3) passada que a Polícia Federal envie à Corte a identificação dos líderes dos movimentos que interditam rodovias e dos proprietários dos caminhões utilizados para obstruir as vias.

A decisão do magistrado atende a um pedido da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), que solicitou ainda a apreensão dos caminhões e, "na hipótese de identificação de pessoas jurídicas na execução desses atos, que se determine a interdição e lacração de suas garagens".

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