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Saúde estima que 1,5 milhão de crianças entre 10 e 11 anos podem ser vacinadas contra a dengue

Governo informou que redução da idade do público-alvo ocorreu para garantir imunização completa com doses já entregues

Brasília|Edis Henrique Peres e Rafaela Soares, do R7, em Brasília


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dengue, mosquito, aedes aegypti, vigilância sanitária, chuvas Agência Saúde-DF/Divulgação

O Ministério da Saúde estima que 1,5 milhão de crianças entre 10 e 11 anos estão elegíveis para receber a vacina contra a dengue. A informação foi divulgada pelo diretor do Programa Nacional de Vacinação da pasta, Eder Gatti, nesta sexta-feira (9). Segundo o gestor, a redução da idade do público alvo foi necessária para garantir a imunização completa com as doses já entregues no país. Dados do Painel de Monitoramento da pasta mostram que o Brasil tem 395.103 casos prováveis, 53 mortes pela doença confirmadas e 281 óbitos em investigação. Também nesta sexta, as primeiras crianças do público-alvo começaram a ser vacinadas no Distrito Federal.

A capital do país recebeu 71.708 doses do imunizante, que serão distribuídas exclusivamente para crianças de 10 e 11 anos. A previsão inicial era de que todas as crianças e adolescentes de 10 a 14 anos recebessem a primeira aplicação, mas a quantidade recebida não foi suficiente. 

A secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, diz que a previsão é de que o país chegue aos 4 milhões de casos de dengue neste ano. Segundo ela, a pasta se prepara para pior cenário, mas o trabalho vem sendo feito para evitar que essa situação aconteça.

Saiba mais: Vacina contra dengue: entenda por que idosos precisam de receita

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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou que a vacina da dengue não é a solução para a crise que atinge alguns estados e que é necessário combater os focos do mosquito para vencer a doença. "O mais importante nesse momento é nós afirmarmos que as mortes são evitáveis. Desde que haja hidratação, desde que haja o cuidado adequado", disse.

A ministra atribuiu a situação de emergência enfrentada por diversas cidades do país ao calor recorde e às chuvas acima da média registradas desde o ano passado, que contribuíram para o aumento dos focos do mosquito Aedes aegypti. A explosão de casos de dengue levou Acre, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal a decretarem situação de emergência em saúde pública. O mesmo ocorre na cidade do Rio de Janeiro.

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Dos 395.103 casos prováveis do país, 48,6 mil são registrados no Distrito Federal. A capital lidera o ranking de incidência com 1.727 contaminações por 100 mil habitantes. O segundo colocado, Minas Gerais, tem uma incidência de 660 por 100 mil habitantes, seguido pelo Acre (539) e Paraná (386).

Imunização

O Ministério da Saúde pretende entregar 6,5 milhões de doses neste ano. Outras 9 milhões garantidas para 2025, segundo o governo. Inicialmente, o público-alvo era formado por crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, a faixa etária com maior número de hospitalizações depois dos idosos, que ainda não têm a liberação da vacina pela Anvisa.

O ministério escolheu as cidades que vão receber o imunizante levando em consideração os municípios com mais de 100 mil habitantes que possuem alta transmissão de dengue; maior número de casos em 2023 e 2024; e predominância da dengue tipo 2 em dezembro do ano passado. A vacina vai ser aplicada em 521 cidades, inicialmente.

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