Ministro Alexandre Silveira: China vê Brasil como ‘parceiro extremamente estratégico’
Em entrevista exclusiva a Tainá Farfan, ministro falou sobre G20, energia renovável, China, Argentina, gasolina e ataque contra o STF
Brasília|Do R7
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no G20, no Rio de Janeiro. Em entrevista exclusiva à repórter Tainá Farfan (confira o vídeo na íntegra ao final da matéria), ele falou sobre o evento e disse que a iniciativa mostra o retorno do Brasil ao protagonismo internacional.
“Não há isolamento que possa gerar progresso, gerar desenvolvimento", afirmou. Por isso mesmo, uma das formas sustentadas por ele de levar o Brasil à liderança da energia renovável está na integração do biocombustível ao mercado mundial.
Silveira, inclusive, defendeu o uso da energia nuclear, ao citar a reserva de urânia em solo brasileiro. “Nós temos uma ‘Petrobras’ enterrada no solo", comparou.
O ministro demostrou também empolgação ao falar do contato com o presidente chinês, Xi Jinping. “Nós somos vistos pela China como parceiro extremamente estratégico, e a recíproca é verdadeira", argumentou.
Taxação dos super-ricos
Uma das polêmicas que tomou conta do G20 Social foi a taxação dos super-ricos, bandeira levantada por Lula, mas que a Argentina não aceita. Silveira criticou Javier Milei, afirmou que o extremismo não tem contribuído e disse que todos precisam dar sua parte. Inclusive ao não sustentar um Estado ultra-liberal.
Segundo ele, uma visão “entreguista”, como a levada em prática por Milei, “vai levar a Argentina à bancarrota".
Em outro assunto, o barateamento da gasolina no Brasil, Silveira preferiu não fazer promessas. Afirmou que é muito importante baixar os preços, que o governo e os ministros têm feito sua parte, mas deixou nas entrelinhas uma crítica à Petrobras: “A Petrobras tem seu papel social”.
No fim, ao comentar o ataque da última quarta-feira na Praça dos Três Poderes, quando um homem jogou bombas em direção ao STF e acabou morrendo, Silveira criticou também a responsabilidade dos líderes brasileiros. “É muito irresponsável a gente estimular esse tipo de ação".
Confira a entrevista na íntegra: