Ministro critica preços de hospedagens, mas diz ser ‘natural’ custo elevado na COP30
Em entrevista exclusiva, Sabino afirmou que eventos de grande porte sofrem com lei da oferta e da procura, pela alta demanda
Brasília|Tainá Farfan, da RECORD, e Ana Isabel Mansur, do R7, enviadas especiais a Belém
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Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O ministro do Turismo, Celso Sabino, criticou nesta sexta-feira (7) os altos preços cobrados por hotéis de Belém (PA) para o período da COP30, que começa na próxima segunda (10) e se estende até 21 de novembro.
Em entrevista exclusiva à RECORD, Sabino, no entanto, classificou como “natural” os valores de comida e bebida praticados dentro do evento. Segundo o ministro, o movimento ocorre devido à alta demanda de eventos de grande porte.
Antes da COP30, a capital paraense recebeu a cúpula de líderes, entre esta quinta (6) e sexta, que antecede a conferência principal e os debates climáticos.
“Alguns anúncios pinçados na internet, com preços absurdos, estratosféricos em locações por temporada, foram colocados como se aquilo fosse a regra geral. E não era, nem nunca foi”, argumentou.
Meses antes da COP30, os preços dispararam e preocuparam autoridades locais e federais. Na reta final, os valores caíram até 60%.
“O governo do Brasil trabalhou muito para construir novos hotéis aqui na cidade, para ampliar a rede hoteleira já existente. Nós trouxemos para cá dois grandes navios com 4 mil leitos, que estão dando uma excelente retaguarda para a nossa hospedagem. Tem leito para todo mundo. Acho que vai ser a COP mais participativa e inclusiva que a ONU já fez, confirmando a presença de praticamente todos os países membros”, acrescentou.
No sentido oposto, os altos preços cobrados dentro da COP30 para lanches não surpreendem o ministro. Como o R7 mostrou, uma lata de refrigerante chega a custar R$20 na Zona Azul do evento.
Para Sabino, movimento semelhante ocorre em outras COPs. “O fato de grandes eventos com a concentração de muitas pessoas, a lei da oferta e da procura elevar o preço de alguma coisa, isso é natural. Na COP passada [COP29], em Baku, capital do Azerbaijão, eu cheguei a comprar uma lata de refrigerante por 10 dólares. Na COP anterior [COP28], em Dubai, a refeição era 100 dólares, cerca de 560 reais“, argumentou.
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Após a repercussão negativa, alguns quiosques dentro da COP30 chegaram a abaixar alguns preços, mas os salgados, por exemplo, ainda podem ser encontrados a R$40.
“Eu não vejo isso como um empecilho. Eu acho que, se você andar mais um pouquinho de lá do hangar [fora da estrutura da COP30], você vai comer uma excelente gastronomia por 40 reais. Um prato, com direito a um suco de frutas regional daqui da Amazônia”, sugeriu.
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