Logo R7.com
RecordPlus
R7 Brasília

Ministro da CGU diz que não falou com o governo sobre fraudes no INSS por sigilo

À CPMI, Vinícius Marques ressaltou, contudo, que a pasta faz parte do governo federal

Brasília|Rute Moraes, do R7, em BrasíliaOpens in new window

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ministro da CGU, Vinícius Marques, não comunicou o governo sobre fraudes do INSS para manter sigilo na investigação.
  • Marques ressaltou que a CGU é parte do governo federal e estava ciente da auditoria.
  • Fraudes no INSS, investigadas pela Polícia Federal, já somam mais de R$ 6 bilhões em desvios.
  • Ação conjunta entre CGU e PF resultou na Operação Sem Desconto para resolver o problema dos pagamentos indevidos.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Vinícius Marques foi ouvido pela CPMI Geraldo Magela/Agência Senado - 2.10.2025

Durante oitiva à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que apura fraudes do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), o ministro-chefe da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinícius Marques, disse nesta quinta-feira (2) que, inicialmente, não avisou o governo federal sobre as investigações sobre o caso para manter o sigilo da apuração.

“O procedimento para a realização de auditorias que se transformam em inquérito policial é o sigilo. A minha responsabilidade funcional era garantir, inclusive, que essa investigação acontecesse da maneira mais eficiente possível”, respondeu Marques ao questionamento do relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL).


LEIA MAIS

Conforme o ministro, era a “obrigação funcional” dele não revelar dados que pudessem ser utilizados em uma investigação “para ninguém”.

Na ocasião, Gaspar questionou Marques sobre o motivo de ele não ter levado as informações, que eram apuradas junto a PF (Polícia Federal), aos ministérios da Previdência e da Casa Civil, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


“Eu mesmo tinha acesso a quase nada do que era investigado, exatamente por conta disso. Eu tive acesso aos relatos da nossa auditoria. O trabalho da PF era um trabalho da PF, em conjunto com a equipe técnica da CGU, e, como inquérito sigiloso, ele deveria seguir desse jeito”, continuou Marques.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, chegou a afirmar que Marques não teria feito os comunicados necessários ao governo sobre as fraudes.


Hoje, porém, Marques ressaltou que a CGU é uma pasta do governo federal e que, portanto, a gestão estaria a par de tudo.

“A CGU é um ministério do governo federal. Ela estava fazendo uma investigação, ela estava fazendo uma auditoria, ela fez descobertas nessa auditoria. Nesse contexto, CGU, como ministério do governo federal, sabia”, prosseguiu.


Conforme o ministro, a atuação com a PF era a forma mais “adequada” para lidar com tal problema e acabar com os descontos indevidos nos pagamentos de aposentados e pensionistas do INSS.

Em cooperação com a CGU, a PF deflagrou a Operação Sem Desconto a fim de apurar tais crimes. As investigações apontam que os desvios ultrapassaram a marca de R$ 6 bilhões.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.