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Ministro diz que vai pedir ao MST que desocupe fazendas na Bahia

Paulo Teixeira quer que conflito seja resolvido com base no diálogo e afasta ligação da invasão com falta da diretoria do Incra

Brasília|Do R7, em Brasília

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, em agenda na Câmara
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, em agenda na Câmara

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou nesta quinta-feira (2) que vai mediar o conflito entre a produtora de papel e celulose Suzano e o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST). Cerca de 1.700 sem-terras invadiram três fazendas de cultivo de eucalipto da empresa nos municípios baianos de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas. O titular informou que vai pedir a desocupação da área.

Teixeira afirmou que foi procurado pela empresa nesta quarta-feira (1º) e disse que vai pedir ao MST que desocupe a área. "Tomamos duas providências. A Suzano vai recuperar a negociação, pois me parece que foi feita há dez anos. Então, a equipe do MDA vai recuperar junto com a Suzano a negociação e junto com o MST", disse.

"Vamos endereçar ao MST o pedido da Suzano de desocupação da área e temos o propósito de uma reunião com a Suzano e o MST na semana que vem", acrescentou. "Hoje, vou ligar para o MST sugerindo a eles que possam negociar as questões relacionadas a esse terreno", completou.

O movimento atribuiu as ocupações à demora do governo em nomear o comando nacional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Líderes sem-terra reclamam também do que consideram uma lenta substituição nas superintendências estaduais.


As invasões contrariam o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na campanha eleitoral, o petista chegou a dizer que o MST não ocupava propriedades produtivas, como são as áreas da Suzano.

O ministro do Desenvolvimento Agrário afirmou ainda que a ocupação não tem como objetivo a área em questão, mas sim a retomada da negociação. Teixeira afastou também as críticas de que a invasão teria relação com a não nomeação da diretoria do Incra.


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"Não tem nenhuma conotação dessa natureza. Primeiro lugar que cargos do Incra já foram todos resolvidos. Claro, tem um procedimento para nomear os cargos, a pessoa passa por um estudo pela vida pregressa. Mas os nomes já foram todos encaminhados, então não se trata de nada disso. Direção do Incra está definida. Se trata de um conflito na Bahia, e agora vou me debruçar sobre isso", concluiu.

*Com informações da Agência Estado

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