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R7 Brasília

'Modelo atual da Petrobras não funciona', diz ministro de Minas e Energia

Adolfo Sachsida é defensor da privatização da estatal; ele afirma que com isso haverá maior competitividade e redução de preços

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida
Ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida

O ministro de Minas e Energia (MME), Adolfo Sachsida, criticou nesta terça-feira (21) o atual modelo da Petrobras. O chefe da pasta participou de audiência na Câmara dos Deputados. "Não funciona. Isso tem que ficar claro para a sociedade. Temos que escolher o modelo, ou estatal ou uma Petrobras de mercado [privatizada]. Acho que ninguém hoje está satisfeito com esse modelo, e quem está pagando o preço alto é a população carente. O modelo não está funcionando", disse.

Sachsida é defensor da privatização da estatal, algo amplamente criticado por partidos de oposição, que apontam que a empresa precisa continuar com a União como acionista majoritária. Assim que assumiu a pasta, ele solicitou formalmente ao ministro da Economia, Paulo Guedes, a realização de estudos para a privatização da estatal. "O modelo está ultrapassado. Não satisfaz ninguém e precisa ser repensado", disse Sachsida nesta terça.

Com o aumento do preço dos combustíveis, o governo tem criticado duramente a empresa. O presidente Jair Bolsonaro afirma que a estatal está com lucros exacerbados, enquanto anuncia aumento do preço dos combustíveis. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem feito coro às críticas. Com o aumento da pressão, o ex-presidente José Mauro Coelho pediu demissão da direção da empresa na última segunda-feira (20).

O ministro de Minas e Energia frisou que falta competição à Petrobras. "Sou a favor da competição porque ela gera preços via mercado. PPI [Preço de Paridade Internacional, a política de preços da estatal] não é preço de mercado, é preço calculado. E para termos preço de mercado, só há um caminho: mais competição", disse, defendendo a privatização.

Segundo Sachsida, a Petrobras ora atua como estatal, e, quando interessa, atua como empresa privada. "Chegou o momento de uma decisão: a Petrobras é estatal ou privada? Não dá para, quando interessa, ser estatal, e para, quando interessa, ser privada", disse. De acordo com ele, uma empresa com poder de mercado precisa preservar a marca. "Não é lucrar ao máximo no curto prazo e destruir a marca no longo prazo", ressaltou.

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