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Moraes destaca que golpe era para manter Bolsonaro no poder e diz que Cid não seria presidente

A Corte já tem maioria de votos para condenar Bolsonaro e mais sete réus por tentativa de golpe

Brasília|Rute Moraes, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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Ministro votou pela condenação de Bolsonaro e outros réus por golpe de Estado Rousinei Coutinho/STF

O ministro relator no STF (Supremo Tribunal Federal) do processo da trama golpista, Alexandre de Moraes, destacou, nesta quinta-feira (11), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), um dos réus na ação, é o “líder da organização criminosa” que atuou para manter o ex-mandatário no poder.

“[...] o mesmo discurso nos cartazes: ‘Intervenção militar. Intervenção militar com Bolsonaro presidente’. Aqui não está Mauro Cid como presidente. Aqui não está Walter Braga Netto presidente. Não está [Almir] Garnier presidente. Não está Anderson [Torres] presidente. Não está [Alexandre] Ramagem presidente. Aqui não está os demais réus. Aqui está o líder da organização criminosa presidente”, ressaltou Moraes.


Na ocasião, Moraes pediu tempo de fala na leitura do voto da ministra Cármen Lúcia e mostrou imagens e vídeos que remontam o processo da trama golpista.

As imagens datam desde setembro de 2021, quando Bolsonaro subiu em um palanque em São Paulo e atacou verbalmente Moraes pela condução do inquérito das fake news.


Na Primeira Turma do STF, o ministro destacou que não era um crime contra ele enquanto pessoa, mas contra o Estado Democrático de Direito. “Se eu passasse [o caso] para outro relator, amanhã seria contra ele”, destacou.

Depois, Moraes mostrou imagens de um dos presos pelos atos extremistas do 8 de janeiro, que vandalizou um relógio trazido por Dom João IV ao Brasil.


Moraes destacou que o homem vestia uma camisa “com a figura do presidente”. “Ele tbm não esta com a camisa de nenhum dos outros réus, mas com a camisa do líder da organização criminosa, Jair Messias Bolsonaro”, destacou.

A Corte já tem maioria de votos para condenar Bolsonaro e mais sete réus por tentativa de golpe. Ontem, contudo, o ministro Luiz Fux absolveu Bolsonaro de todos os crimes, mas votou por condenar Cid e Braga Netto por tentativa de golpe de Estado.


Organização deslegitimou as urnas, segundo Moraes

Conforme Moraes, o discurso do ex-presidente deslegitimou as urnas eletrônicas para calar o Poder Judiciário e se perpetuar no poder independentemente das eleições de 2022.

“Quem sempre foi, alem de lider, o ponta de lança do discurso populista que caracteriza as novas ditaduas no mundo todo, foi Jair Messias Bolsonaro. Desde meados de junho de 2021 ate 8 de janeiro, o discurso é o mesmo“, prosseguiu.

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