Moraes diz que STF precisa aprender a se comunicar melhor, inclusive nas redes sociais
Supremo recebeu 26 influenciadores digitais para debates e atividades na Corte, na segunda edição do programa
Brasília|Do Estadão Conteúdo
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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes disse que a Corte precisa “aprender a se comunicar melhor”, inclusive por meio das redes sociais.
A declaração foi feita em encontro na manhã desta quinta-feira (14) com 26 influenciadores digitais convidados pelo Supremo para participar de debates e atividades na sede do Tribunal.
O evento “Leis e likes: o papel do Judiciário e a influência digital” ocorreu também no ano passado e se insere no projeto da gestão do presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso de aproximar o Judiciário da sociedade.
Moraes apontou que a ideia de Barroso era ótima ideia, “porque nós não sabemos nos comunicar bem. Primeiro que 80% das pessoas dormem enquanto a gente vota. Das 20% que ficam acordadas, 10% não entendem, e as outras 10% não concordam. Então, é uma dificuldade”, disse Moraes.
“Precisamos aprender a nos comunicar melhor, e precisamos aprender a nos comunicar melhor via redes sociais. Como a gente faz isso? Eventos como esse para vocês conhecerem exatamente como é aqui, qual é a ideia, e terem uma percepção mais fácil para passar nas redes sociais”, complementou.
Perguntas para Moraes
Na roda de conversa, Moraes foi questionado por influenciadores sobre desafios no combate à desinformação.
Também foi instado a responder críticas da sociedade à atuação do Supremo — em relação a decisões monocráticas e a uma suposta rapidez no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em contraste com a ação sobre fraudes no INSS, por exemplo.
Moraes respondeu que todas as decisões monocráticas importantes passam por referendo dos colegiados — turmas ou plenário.
“Ou a gente coloca para a referendo as decisões importantes, ou decisões que chamamos de interlocutórias são passíveis de recurso”, afirmou.
Sobre a suposta rapidez fora do comum para julgar Bolsonaro, Moraes disse que a ação penal deve ser mais célere quando há réus presos e os prazos processuais não são suspensos nos recessos do Judiciário.
Em relação à crítica de que a ação teria andado mais rápido do que o caso do INSS, Moraes lembrou que a investigação sobre a tentativa de golpe começou há cerca de dois anos, já o escândalo do INSS veio à tona em abril.
Além disso, ressaltou Moraes, ele não é relator das ações sobre a fraude no INSS, que estão sob responsabilidade do ministro Dias Toffoli. “Eu não sou o relator de tudo no mundo. Gostaria até de ser, mas não sou”, brincou.
O que disse o ministro Alexandre de Moraes sobre a comunicação do STF?
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, afirmou que a Corte precisa "aprender a se comunicar melhor", especialmente nas redes sociais. Ele fez essa declaração durante um encontro com 26 influenciadores digitais convidados para debater e participar de atividades na sede do Tribunal.
Qual foi o objetivo do evento "Leis e likes"?
O evento "Leis e likes: o papel do Judiciário e a influência digital" teve como objetivo aproximar o Judiciário da sociedade, seguindo a proposta do presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso. Essa foi a segunda edição do programa.
Quais foram as dificuldades mencionadas por Moraes sobre a comunicação do STF?
Moraes destacou que 80% das pessoas não prestam atenção durante as votações e que, entre os 20% que permanecem, apenas 10% entendem e os outros 10% não concordam. Ele enfatizou a necessidade de melhorar a comunicação, especialmente nas redes sociais.
Como Moraes pretende melhorar a comunicação do STF?
Ele sugeriu que eventos como o realizado com influenciadores ajudam a esclarecer como funciona o STF e a facilitar a transmissão dessas informações nas redes sociais.
Quais foram os questionamentos feitos a Moraes durante a roda de conversa?
Os influenciadores questionaram Moraes sobre os desafios no combate à desinformação e criticaram a atuação do Supremo, especialmente em relação a decisões monocráticas e a rapidez no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro em comparação com casos de fraudes no INSS.
Como Moraes respondeu às críticas sobre decisões monocráticas?
Moraes explicou que todas as decisões monocráticas importantes são submetidas ao referendo dos colegiados, como turmas ou plenário, e que decisões interlocutórias podem ser recorridas.
O que Moraes disse sobre a rapidez no julgamento do caso de Jair Bolsonaro?
Ele afirmou que a ação penal deve ser mais rápida quando há réus presos e que os prazos processuais não são suspensos durante os recessos do Judiciário. Moraes também lembrou que a investigação sobre a tentativa de golpe começou há cerca de dois anos, enquanto o escândalo do INSS surgiu apenas em abril.
Qual foi a posição de Moraes em relação ao caso do INSS?
Moraes destacou que não é o relator das ações sobre a fraude no INSS, que estão sob a responsabilidade do ministro Dias Toffoli, e brincou dizendo que gostaria de ser relator de tudo, mas não é.
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