Moraes manda soltar policial militar preso após 8 de Janeiro
O coronel Marcelo Casimiro era o comandante do 1º Comando de Policiamento Regional (CPR) da PMDF durante as manifestações
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal, mandou soltar o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, membro da cúpula da (Polícia Militar do Distrito Federal) e investigado no inquérito do 8 de Janeiro. No fim de abril, a PGR (Procuradoria-Geral da República) se posicionou a favor da liberdade provisória para o coronel.
O coronel Marcelo Casimiro era o comandante do 1º Comando de Policiamento Regional (CPR) da PMDF durante as manifestações. A unidade coordena uma série de batalhões da corporação, incluindo o 6º, responsável pela Esplanada dos Ministérios. Foi exonerado do cargo após os atos de vandalismo. Em depoimento à CPI da Câmara Legislativa do DF, que apurou os atos extremistas, ele disse que estava de folga no dia das manifestações.
No início de abril, Moraes voltou atrás e mandou prender novamente coronel. Em março, Moraes tinha mandado soltar o policial por achar que Casimiro estava na reserva. O coronel segue em serviço. A informação da nova prisão foi confirmada pela defesa do policial.
Em fevereiro, a PMDF transferiu alguns policiais para a reserva remunerada. Eles recebem R$ 18 mil por mês desde então. A portaria que concede o benefício diz que os policiais foram transferidos em razão do tempo de serviço.
Segundo a PGR, a cúpula da PMDF deixou de agir para impedir os atos extremistas contra as sedes dos Três Poderes devido ao alinhamento ideológico com os criminosos que atentaram contra o Estado Democrático de Direito.
Segundo as investigações, os policiais trocaram mensagens e difundiram informações falsas de teor golpista antes do segundo turno das eleições presidenciais de 2022. A PGR informou que foi constatada uma “profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do DF que se mostrou adepta de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas”.
Segundo o órgão, há ainda menção a provas de que os policiais — que ocupavam cargo de comando da corporação — receberam, antes do 8 de Janeiro, diversas informações de inteligência que sugeriam as “intenções golpistas” do movimento e o “risco iminente da efetiva invasão às sedes dos Três Poderes”.