Caso Marielle: Moraes mantém prisão preventiva de Rivaldo Barbosa e irmãos Brazão
Em junho, por unanimidade, o STF tornou réus os cinco principais suspeitos do plano de matar a vereadora
Brasília|Do R7
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), manteve a prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), do irmão dele, o conselheiro de contas Domingos Brazão e do delegado Rivaldo Barbosa. Os três são réus e estão presos por planejarem o assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018. Em junho, o ministro já havia negado um pedido semelhante.
Leia Mais
A Primeira Turma do STF, por unanimidade, tornou réus, em junho, os cinco principais suspeitos do plano de matar a vereadora Marielle Franco. Além de Domingos Brazão, se tornaram réus o irmão dele, o deputado federal Chiquinho Brazão, Robson Calixto da Fonseca, conhecido como Peixe, assessor do conselheiro, o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e o major Ronald Paulo de Alves Pereira.
Prevaleceu o voto do relator da ação, ministro Alexandre de Moraes. Ele disse haver vários indícios de elementos que solidificam as afirmações feitas na delação premiada de Ronnie Lessa. Moraes apontou que a denúncia está fundamentada em diversos materiais investigativos que comprovam as informações apresentadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
Apontados como mandantes do crime, os três foram presos em março em uma operação da Polícia Federal, com participação da PGR e do Ministério Público do Rio de Janeiro. Autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson, o ex-policial militar Ronnie Lessa afirmou em delação premiada que Chiquinho, Domingos e Rivaldo tiveram participação no assassinato.
De acordo com Lessa, o crime seria uma vingança contra o ex-deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), para quem Marielle trabalhou como assessora. Na última sexta-feira (7), Moraes autorizou a transferência de Ronnie Lessa da Penitenciária Federal de Campo Grande para o presídio de Tremembé, em São Paulo. Além disso, o ministro tirou o sigilo da delação do ex-policial.
No relato, Lessa disse, ainda, que Marielle era uma “pedra no caminho” dos irmãos Brazão. “Foi feita a proposta, a Marielle foi colocada como uma pedra no caminho. O Domingos, por exemplo, não tem ‘papas na língua’”, afirmou Lessa aos investigadores. Além disso, segundo o policial, o plano para matar Marielle começou em setembro de 2017.