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Moraes pede explicações à defesa de Collor após tornozeleira ficar 36 horas desligada

Corte só foi informada do descumprimento da medida cinco meses depois; ex-presidente foi preso em maio

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ministro Alexandre de Moraes pede explicações à defesa de Fernando Collor sobre tornozeleira desligada por 36 horas.
  • Colocada em prisão domiciliar devido à saúde, ex-presidente pode ter o regime revogado se justificar descumprimento.
  • STF foi informado cinco meses após o incidente, que ocorreu em maio de 2025.
  • Collor foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em casos relacionados à Petrobras e outras empresas entre 2010 e 2014.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Fernando Collor cumpre pena de 8 anos e 10 meses em casa Jefferson Rudy/Agência Senado/Arquivo

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes pediu que a defesa do ex-presidente Fernando Collor se manifeste sobre um relatório que apontou que, no início de maio, a tornozeleira eletrônica usada por ele ficou 36 horas desligada por falta de carga na bateria.

Collor cumpre prisão domiciliar em razão de seu estado de saúde — ele tem 76 anos e foi diagnosticado com Doença de Parkinson. O ex-presidente foi condenado a oito anos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro (entenda mais abaixo).


O uso adequado do dispositivo, porém, é uma das condições impostas para a manutenção da prisão domiciliar humanitária.

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Moraes destacou ainda que o STF só foi informado sobre o descumprimento cinco meses após o ocorrido.


Segundo a Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social de Alagoas, o dispositivo permaneceu desligado das 09h05 do dia 2 de maio até as 21h23 do dia 3 de maio.

A defesa tem cinco dias para apresentar explicações. Caso não apresente uma justificativa considerada satisfatória, a prisão domiciliar poderá ser revogada, e o ex-presidente poderá ter a prisão decretada.


O ministro também determinou que o Centro de Monitoramento Eletrônico de Pessoas de Alagoas seja oficiado e explique, em 48 horas, o motivo de o Supremo só ter sido informado sobre a violação do monitoramento cinco meses depois do fato.

Entenda o caso

Collor foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em contratos irregulares da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, com a UTC Engenharia. A ação tramita no Supremo Tribunal Federal desde 2018.


Segundo as investigações, o ex-presidente teria recebido R$ 20 milhões por meio de empresários, com o objetivo de favorecer indicações políticas dentro da estatal e viabilizar contratos de construção de bases de combustíveis.

Os crimes teriam ocorrido entre 2010 e 2014, período em que Collor exercia mandato de senador.

Ele foi preso em Maceió pela Polícia Federal no dia 25 de abril e levado para uma cela especial no presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira.

No entanto, no dia 1º de maio, o ministro Alexandre de Moraes concedeu prisão domiciliar humanitária ao ex-presidente.

No dia seguinte, Collor deixou o complexo penitenciário e passou a cumprir a prisão em sua cobertura, localizada em um prédio com apartamentos avaliados em R$ 4 milhões.

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