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Moraes permite desconto de pena de condenado por quebrar relógio histórico no 8/1

Condenado por depredar patrimônio no 8 de Janeiro terá 66 dias abatidos da pena por trabalho e leitura na prisão, decide Moraes

Brasília|Do Estadão Conteúdo

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ministro Alexandre de Moraes autoriza desconto de 66 dias na pena de Antônio Cláudio Alves Ferreira.
  • Condenado a 17 anos por depredação, ele trabalhou e leu na prisão para obter a redução.
  • Juiz anterior havia concedido progressão de pena, mas Moraes reverteu a decisão e determinou o retorno ao presídio.
  • O relógio quebrado, de Dom João VI, é uma peça rara com origem francesa e foi restaurado após a depredação.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Homem quebrou relógio histórico
Homem quebrou relógio histórico Reprodução/Palácio do Planalto

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), permitiu nesta terça-feira (29), que o homem responsável por quebrar o relógio histórico de Dom João VI durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 desconte 66 dias de sua pena por ter trabalhado na penitenciária e feito a leitura de um livro.

O mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira foi condenado a 17 anos de prisão por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Ele foi preso preventivamente em janeiro de 2023.


Em 19 de junho deste ano, o juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, da Vara de Execuções Penais de Uberlândia (MG), concedeu progressão de pena para Antônio Ferreira.

O magistrado afirmou que o condenado cumpriu o tempo mínimo de pena exigido por lei, não cometeu faltas graves e teve boa conduta.


Ao tomar a decisão, o juiz ainda dispensou o uso de tornozeleira eletrônica, alegando que o estado de Minas Gerais não dispunha do equipamento, mas que o réu não poderia ser prejudicado pela situação.

Moraes reverte decisão

A decisão, no entanto, foi revertida por Moraes. O ministro ordenou que Antônio retornasse ao Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, o que ocorreu em 21 de junho.


Moraes ainda iniciou uma investigação contra o juiz responsável por soltar o mecânico, afirmando que o magistrado teria expedido sentença fora do âmbito em que podia atuar.

O relógio quebrado por Antônio tem origem francesa. Confeccionado por Balthazar Martinot e André Boulle, existem apenas duas peças como esta no mundo, uma no Brasil e outra no Palácio de Versalles, na França.


O relógio foi trazido ao Brasil por D. João VI, em 1808. A peça foi um presente da coroa francesa à portuguesa.

Nas semanas seguintes ao 8 de Janeiro, a Embaixada da Suíça ofereceu ajuda ao governo federal para restaurar a peça, por deter conhecimento histórico na relojoaria. O item foi consertado e retornou ao Brasil um ano depois.

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