Logo R7.com
RecordPlus
R7 Brasília

Moraes suspende decisão que destituiu defesa de dois réus da trama golpista

Ministro disse que advogados de Filipe Martins e Marcelo Câmara não apresentaram as alegações finais

Brasília|Da Agência Brasil

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ministro Alexandre de Moraes suspendeu decisão que destituiu defesa de Filipe Martins e Marcelo Câmara.
  • Defesas não apresentaram as alegações finais no prazo estipulado pelo STF.
  • Moraes concedeu 24 horas para que as alegações finais sejam protocoladas, permitindo a continuidade da defesa.
  • A OAB avaliou o caso e pode agir se houver violações às garantias da defesa.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Alexandre de Moraes
Moraes tinha destituído defesas e ordenado que DPU representasse réus Luiz Silveira/STF - 2.10.2025

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes suspendeu nesta sexta-feira (10) sua própria decisão que destituiu as defesas de Filipe Martins e Marcelo Câmara, ex-assessores de Jair Bolsonaro. Ambos são réus do núcleo 2 da trama golpista.

Martins protocolou no STF uma petição escrita à mão para contestar a destituição e afirmar que não aceita ser defendido pela DPU (Defensoria Pública da União), como determinou o ministro.


leia mais

Na nova decisão, Moraes deu prazo de 24 horas para os advogados Jeffrey Chiquini e Eduardo Kuntz, que haviam sido destituídos, protocolarem as alegações finais, última etapa antes do julgamento da ação penal.

“Suspendo momentaneamente os efeitos da decisão de 9/10/2025 e concedo o prazo de 24 horas para a defesa de Filipe Garcia Martins Pereira suprir a ausência de alegações finais não protocoladas no prazo legal”, despachou Moraes.


O ministro também determinou que a secretaria judicial do Supremo deverá certificar neste sábado (11) o fim do prazo para apresentação das alegações.

Entenda

Segundo o ministro, as defesas de Filipe Martins e Marcelo Câmara não apresentaram as alegações finais e tiveram comportamento “inusitado” para realizar uma “manobra procrastinatória”. O prazo dado por Moraes terminou na terça-feira (7).


“O comportamento das defesas dos réus é absolutamente inusitado, configurando, inclusive, litigância de má-fé, em razão da admissão da intenção de procrastinar o feito, sem qualquer previsão legal”, disse Moraes.

Com a decisão, o ministro determinou que a defesa dos réus seja realizada pela DPU.


Outro lado

Após a decisão, as defesas afirmaram que não perderam o prazo de 15 dias para entregar as alegações.

Jeffrey Chiquini disse que a PGR anexou novos elementos no processo e, portanto, o prazo ainda não acabou. O advogado considerou “arbitrária” a decisão de Moraes.

Kuntz disse que as alegações serão entregues até o dia 23 de outubro, cumprindo o prazo de 15 dias. Segundo o advogado, o prazo começou a contar a partir do dia 8 de outubro, data na qual uma diligência solicitada pela defesa e autorizada por Moraes foi anexada ao processo.

Em nota, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) disse que avalia o caso.

“Os fatos serão analisados com serenidade e responsabilidade. Caso sejam identificadas violações às garantias da defesa ou às prerrogativas dos profissionais envolvidos, a Ordem atuará para assegurar sua dignidade profissional, nos limites da legalidade e com o respeito institucional que a matéria exige”, declarou a entidade.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.