Moraes usa gravata de R$ 1.450 com estampa de cachorros durante julgamento de Bolsonaro
Ministro do STF escolheu gravata italiana na cor rosa feita 100% de seda
Brasília|Do R7, em Brasília
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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes chamou atenção durante a sessão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira (9) ao aparecer com uma gravata de grife italiana avaliada em R$ 1.450.
A peça, confeccionada em seda pura e na cor rosa, traz uma estampa de pequenos cachorros. O acessório, importado da Itália, é comercializado pela marca Ferragamo.

Na sessão desta terça-feira, Moraes votou para condenar Bolsonaro e outros sete aliados pela trama golpista durante o governo do ex-presidente. Os réus fazem parte do chamado núcleo crucial do plano idealizado para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.
Com exceção de Alexandre Ramagem, Moraes votou para condenar os outros sete réus pelos seguintes crimes:
- Organização criminosa armada;
- Tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito;
- Tentativa de golpe de Estado;
- Dano qualificado pela violência e grave ameaça; e
- Deterioração de patrimônio tombado.
Com relação a Ramagem, Moraes votou para condená-lo por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada.
Por decisão da Câmara dos Deputados, a ação penal contra o deputado em relação aos outros dois crimes só vai ser analisada ao fim do mandato dele.
Bolsonaro era líder da organização, segundo Moraes
Relator do julgamento, o ministro dedicou uma parte do voto para acusar Bolsonaro como “líder do grupo criminoso”. Citou, principalmente, o discurso do dia 7 de setembro de 2021, “quando Bolsonaro falou que só deixaria a cadeira presidencial morto preso ou com a vitória”.
“O líder do grupo criminoso deixa claro aqui, de viva voz, de forma pública para toda a sociedade, que jamais aceitaria uma derrota”, lembrou.
“Isso não é conversa de bar. Não é alguém no clube conversando com um amigo. Isso é o presidente da República, no 7 de setembro, data da Independência do Brasil, instigando milhares de pessoas contra o Supremo Tribunal Federal, contra o Poder Judiciário e especificamente contra um ministro do STF”, acrescentou o ministro.
Moraes rejeitou a tese de que os réus apenas se limitaram a atos preparatórios e afirmou que a tentativa de golpe já estava em curso.
“No Brasil, sempre que as Forças Armadas defenderam um grupo político que se dizia representante do povo, tivemos um golpe, um Estado de exceção, uma ditadura”, declarou.
Perguntas e Respostas
Qual foi a gravata usada pelo ministro Alexandre de Moraes durante o julgamento de Jair Bolsonaro?
O ministro Alexandre de Moraes usou uma gravata italiana avaliada em R$ 1.450, confeccionada em seda pura e na cor rosa, com uma estampa de pequenos cachorros.
Qual foi o contexto do julgamento em que Moraes participou?
O julgamento ocorreu na terça-feira (9) e envolveu o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados, sendo Moraes um dos relatores do caso. Ele votou pela condenação dos réus pela trama golpista durante o governo de Bolsonaro.
O que Moraes afirmou sobre Jair Bolsonaro durante seu voto?
Moraes acusou Bolsonaro de ser o “líder do grupo criminoso” e citou um discurso do ex-presidente em 7 de setembro de 2021, onde ele afirmou que só deixaria a presidência “morto, preso ou com a vitória”.
Como Moraes caracterizou o discurso de Bolsonaro?
Moraes destacou que o discurso não era uma conversa informal, mas uma declaração pública do presidente da República, instigando a população contra o Supremo Tribunal Federal e o Poder Judiciário.
Qual foi a posição de Moraes sobre a tese de atos preparatórios?
Moraes rejeitou a ideia de que os réus apenas se limitaram a atos preparatórios, afirmando que a tentativa de golpe já estava em curso.
O que Moraes disse sobre a história do Brasil em relação a golpes?
Ele declarou que sempre que as Forças Armadas defenderam um grupo político que se dizia representante do povo, resultou em um golpe, um Estado de exceção ou uma ditadura.
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