Motta diz lamentar ‘transtornos’ e promete apurar ‘eventuais excessos’ contra jornalistas
Presidência justificou retirada de profissionais do plenário para ‘segurança’; do lado de fora, jornalistas foram alvos de agressões
Brasília|Do R7, em Brasília
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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse lamentar “transtornos” contra jornalistas na Casa e prometeu apurar “eventuais excessos” cometidos contra profissionais de imprensa.
A posição foi divulgada por meio de nota da Câmara, nesta quinta-feira (11), dois dias após profissionais terem sido alvo de empurrões e ações truculentas por parte da polícia legislativa da Casa.
“O presidente da Câmara, Hugo Motta, lamenta os transtornos causados aos profissionais de comunicação e reafirma que não houve intenção de limitar o exercício da atividade jornalística”, afirma trecho do comunicado.
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A nota também promete uma investigação do caso. “As informações apresentadas pelos jornalistas serão incorporadas à apuração em andamento a fim de identificar eventuais excessos nas providências adotadas ao longo do processo de retomada dos trabalhos.”
A indicação de informações se refere a reunião com profissionais de imprensa, feita na quarta-feira (10). Motta anunciou que receberia um grupo de profissionais para discutir a atuação de policiais no Salão Verde, após retirada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) do plenário na quarta, mas a conversa ficou restrita a assessores do presidente.
Críticas a Glauber
No comunicado, Motta ainda criticou Glauber Braga, afirmando que ele “comprometeu” o funcionamento regular dos trabalhos legislativos ao ocupar a cadeira da presidência da Câmara.
“A Presidência considera inadequada a conduta do deputado Glauber Braga, que comprometeu o regular funcionamento dos trabalhos legislativos. A Câmara dos Deputados reafirma seu compromisso com a transparência, a liberdade de imprensa e o respeito às instituições democráticas”, afirma outro trecho do comunicado.
O ato de protesto do parlamentar questionava o então anúncio de votação do processo para cassar seu mandato, por agressão a um militante de direita. A data foi programada para o mesmo dia de análise da cassação de Carla Zambelli (PL-SP), que está presa na Itália.
A votação dos processos acabou livrando ambos parlamentares. A cassação poderia provocar a perda do mandato e uma inelegibilidade por oito anos, mas Glauber vai cumprir uma punição mais branda, de seis meses de suspensão do mandato, enquanto o caso de Zambelli foi arquivado, por não atingir o mínimo necessário para votação.
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