Motta sobre Glauber Braga: ‘Ele desrespeita a própria Câmara dos Deputados’
Presidente da Casa usa redes sociais para explicar truculência da Polícia Legislativa ao retirar deputado carioca de cadeira da Presidência da Câmara
Brasília|Do R7, em Brasília

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) afirmou nas redes sociais que o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) desrespeitou a Casa e o Poder Legislativo ao sentar na cadeira da Presidência. Após o ato, em protesto contra o avanço do processo que pode culminar na cassação dele, o parlamentar foi levado à força pela Polícia Legislativa.
“Quando o deputado Glauber Braga ocupa a cadeira da Presidência da Câmara para impedir o andamento dos trabalhos, ele não desrespeita o presidente em exercício. Ele desrespeita a própria Câmara dos Deputados e o Poder Legislativo”, escreveu Motta.
A confusão começou após Braga, alvo de um processo que pode levar à cassação de seu mandato dentro da Câmara, ocupou a cadeira da presidência da Casa. O protesto veio como resposta à decisão de Motta de iniciar a votação do caso ligado a ele no plenário. A previsão era de que a análise ocorra ainda nesta semana.
“Vou ficar aqui calmamente, com muita humildade, exercendo meu legítimo direito político de não aceitar como fato consumado uma anistia para golpistas, diminuição de pena para Bolsonaro, manutenção que mantém direitos de Eduardo Bolsonaro reduzindo para mim oito anos de inelegibilidade”, afirmou Glauber.
Agressões a jornalistas
Logo depois, a polícia da Casa fechou o plenário, impediu jornalistas de entrarem no local — chegando a agredir alguns deles, segundo testemunhas — e retiraram Braga à força. Para Hugo Motta, o deputado é “reincidente, pois já havia ocupado uma comissão em greve de fome por mais de uma semana”.
“O agrupamento que se diz defensor da democracia, mas agride o funcionamento das instituições, vive da mesma lógica dos extremistas que tanto critica. O extremismo não tem lado porque, para o extremista, só existe um lado: o dele”, escreveu Motta nas redes sociais.
Segundo o presidente, “temos que proteger a democracia do grito, do gesto autoritário, da intimidação travestida de ato político”.
“Extremismos testam a democracia todos os dias. E todos os dias a democracia precisa ser defendida. Determinei também a apuração de possíveis excessos em relação à cobertura da imprensa”, prometeu.
Glauber é alvo de um processo ligado a agressão contra um militante do MBL (Movimento Brasil Livre). Ele critica a cassação por ter como consequência a penalidade de se tornar inelegível.
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