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R7 Brasília

MP: defesa de advogado quer culpar a vítima 

Para MPDFT, defesa de Paulo Milhomem que atropelou Tatiana Matsunaga tenta culpar a vítima. Ela segue internada  delicado

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Tatiana Matsunaga foi atropelada em frente à própria casa, no Lago Sul
Tatiana Matsunaga foi atropelada em frente à própria casa, no Lago Sul

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) fez uma nova manifestação sobre o caso da servidora pública Tatiana Thelecildes Fernandes Machado Matsunaga, 40 anos, atropelada em frente à própria casa, no Lago Sul. Para a promotora de Justiça Yara Veloz Teixeira, a defesa de Paulo Ricardo Moraes Milhomem tenta culpar a vítima pelo crime.

O atropelamento aconteceu na manhã de 25 de agosto. Após uma briga de trânsito, Milhomem perseguiu Tatiana até a casa dela, na QI 15. Ele passou com o carro enquanto o veículo da mulher ficou atravessado na rua. Ocorreu um novo bate-boca. Em seguida, o homem atropelou a mulher e fugiu sem prestar socorro. O crime, no entanto, foi filmado pelo circuito de segurança da casa da vítima.

O atropelamento aconteceu na frente do marido de Tatiana e do filho dela, de 8 anos, que esperava a mãe no carro. Milhomem, que é advogado, mas teve seu registro na Ordem dos Advogados do Brasil cassado temporariamente pela OAB-DF, é acusado de tentativa de homicídio qualificada por motivo fútil e por não dar chance de defesa à vítima. Ele estava em cela especial, mas será levado para a Papuda.

Na manifestação do MPDFT, a promotora fez um alerta ao juiz. Lembrou que a denúncia foi feita com base nas filmagens, na ocorrência policial, e no depoimento do marido, Cláudio Matsunaga, que saiu de casa ao ouvir o bate-boca e viu o momento em que Paulo Ricardo atingiu a vítima com o carro para, em seguida, passar em cima do corpo.


"Chama a atenção a absurda tentativa de culpar Tatiana pelos fatos dos quais foi vítima, ao arrepio dos elementos carreados aos autos que apontam o acusado como o autor de um crime doloso contra a vida, sobretudo as imagens chocantes do ocorrido", afirmou a promotora.

Para Yara Veloz, "a tese de culpa exclusiva da vítima é contrariada pelasimagens dos fatos, que demonstram que a vítima foi perseguida e encurralada naporta de sua casa, momento em que o acusado deliberadamente a atropelou, passando por cima de seu corpo".

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