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R7 Brasília

Mucio diz que presos por suposto plano de matar Lula não representam Forças Armadas

‘Não estavam representando os militares. Estavam com os CPFs deles, isso foi iniciativa de cada um’, disse o ministro

Brasília|Do Estadão Conteúdo

Mucio pediu apuração do caso
Mucio pediu apuração do caso Tomaz Silva/Agência Brasil

O ministro da Defesa, José Mucio, afirmou que os envolvidos na tentativa de golpe de Estado que seria executada em 2022 para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva “não representam as Forças Armadas”. O chefe da pasta disse desejar que quem mancha o nome da instituição, se verdadeiro culpado, que seja punido. O suposto plano incluía o assassinato de Lula.

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“Não são pessoas que representam as Forças Armadas. Não estavam representando os militares. Estavam com os CPFs deles, isso foi iniciativa de cada um”, afirmou Mucio a jornalistas nesta quarta-feira (20) no Palácio Itamaraty, na esteira da recepção do presidente da China, Xi Jinping. “Eu desejo que tudo seja apurado, que os culpados sejam verdadeiramente julgados pela Justiça”, acrescentou.

“Eu desejo, e as Forças também desejam, que verdadeiramente quem mancha o nome das Forças Armadas, se verdadeiramente for culpado que seja punido”, completou o ministro.

O plano descoberto pela PF

A trama golpista envolveria o assassinato do então presidente eleito, Lula, de seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

Nesta terça-feira (19), cinco suspeitos foram presos pela PF por integrarem o grupo por trás do plano — que, pelas investigações, esteve prestes a ser efetivado em 15 de dezembro de 2022.

As investigações indicam que, mais de um mês antes, um documento foi criado detalhando o plano. Um dos presos nesta terça-feira, Mário Fernandes, general reformado que foi secretário-executivo da Presidência da República no governo de Jair Bolsonaro (PL) e ex-assessor do ex-ministro e deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), é apontado como o responsável por imprimir o documento, intitulado “Planejamento - Punhal Verde e Amarelo”, nas dependências do Palácio do Planalto.


Além de Fernandes, um policial federal e três “kids pretos” — militares do Comando de Operações Especiais do Exército — foram detidos. O planejamento elaborado pelos investigados detalha os recursos humanos e bélicos que seriam necessários para colocar o plano em prática.

O plano ainda envolvia a implementação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, a ser integrado pelos próprios investigados para gerenciar conflitos institucionais derivados do planejado golpe, indicou a PF.

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